O que se está a passar com o ouro? Já não subia tanto desde 1968

O ouro tem registado sucessivos máximos nas últimas sessões. Esta quinta-feira, o metal dourado voltou a bater novo máximo de 2.161 dólares por onça. Pode ser um prenúncio da redução das taxas de juro ainda este ano.

O preço do ouro atingiu um novo máximo histórico de 2.161 dólares por onça (0.02835 quilogramas) ao início da manhã desta quinta-feira, voltando depois a cair para cerca de 2.155 dólares.

Às 05h00, em Lisboa, o metal atingiu um novo máximo histórico de 2.161,48 dólares. Pelas 09h30, o ouro era transacionado a 2.154,89 dólares.

O metal dourado tem registado sucessivos máximos nas últimas sessões, o primeiro dos quais na passada terça-feira, quando atingiu os 2.141,79 dólares por onça, acima do anterior recorde, que durava desde dezembro.

Os analistas da Banca March citados pela agência de notícias EFE assinalam que o ouro continua “firmemente no topo” e já sobe há seis dias consecutivos.

O ouro está a passar pela maior valorização dos últimos 56 anos.

Esta quarta-feira, o presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, discursou na Câmara dos Representantes, no EUA, onde afirmou que as taxas de juro “provavelmente atingiram o seu ponto máximo deste ciclo”.

Se as condições económicas o permitirem, este cenário, considerou Jerome Powell, pode ser apropriado começar a reduzir as taxas de juro este ano.

Reservas valem mais de 21 mil ME em Portugal

De acordo com o Correio da Manhã, os preços das reservas de ouro guardadas no Banco de Portugal estão a subir desde 2012 – quando valiam 9,3 mil milhões de euros – valendo 21 mil milhões de euros em 2022 (ano da última avaliação).

Previsivelmente e uma vez que estamos num momento de grande valorização do ouro, Portugal vai continuar a beneficiar da apreciação do metal.

O matutino adianta ainda que Portugal tem 382,6 toneladas de ouro, ocupando o 15.º lugar no ranking dos países com as maiores reservas do Mundo.

Apesar de “tanto” ouro, o Banco de Portugal rejeita sempre a ideia de vender o ouro em momentos de maior crise.