As escolas privadas estão a ganhar cada vez mais força em Portugal, e grande parte da culpa é da instabilidade da escola pública. Mesmo as pessoas que dão preferência ao ensino público, muitas vezes são “forçadas” a optar pelo privado.
As escolas privadas já são a maioria no Porto e em Lisboa. Em números detalhados esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, é possível perceber que este tipo de ensino está a ganhar cada vez mais terreno sobre as públicas – e já representam 32% do total do território nacional.
Ao JN, Filinto Lima, presidente da direção da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), refere que a instabilidade do ensino público está a ser o principal aliado do privado.
De acordo com o dirigente, os próprios pais admitem que esta instabilidade os preocupa – principalmente, devido às greves e consequentes dias sem aulas.
Mães e pais ouvidos pelo ZAP, quando apontam um motivo para escolher o privado em vez do público, dizem, de imediato, precisamente, a palavra: “greve”.
“No meu caso, tanto eu como o meu marido estamos longe das nossas famílias. Quando há greve, não temos com quem deixar a criança. Um de nós tem de se sacrificar e somos forçados a faltar ao trabalho várias vezes”, lamenta uma mãe.
“Há uma estabilidade nos colégios, na oferta privada, que as pessoas procuram”, confirma Rodrigo Queiroz e Melo, diretor da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), em declarações ao JN.
O aumento das escolas privadas são uma resposta à instabilidade no público… mas essa resposta é só para quem pode.
Seja por falta de possibilidades económicas ou acesso ao ensino particular (por exemplo, em zonas mais recônditas do país), muitas famílias portuguesas continuam sem solução para os problemas do ensino público.
a mesma formula usada na saude resulta na educação. Depois o fosso entre ricos e pobres cresce e o pior são os remediados que se sacrificam para dar o melhor na educação e saude aos filhos e no final vão ficar “despidos”. Mas os governantes querem é conversa e siga a banda.
É notório que tudo o que é público é de pior qualidade. Por isso é que a esquerdalhada se agarra com unhas e dentes na defesa do SNS. Mas a estrutura deste serviço é muita pesada e por isso nunca chegará a funcionar com a qualidade e prontidão que o privado oferece. Eu se fosse ministro resolvia a questão do seguinte modo: reduzir a estrutura do SNS para 60% passando os outros 40% para o privado que seria utilizado pelos utentes a título gratuito (cabendo essa despesa ao Estado). Certamente que com esta estrutura, a resposta aos problemas das pessoas seria resolvido rapidamente e a despesa final (com a redução de hospitais públicos) seria inferior.