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Nuvem de fumo tóxico na Austrália obriga a cancelar voos e a fechar escolas

A nuvem de fumo tóxico causada pelos incêndios florestais na Austrália obrigou ao cancelamento de voos e ao fecho de escolas. No Open da Austrália, os treinos foram suspensos, assim como o início dos jogos do qualifying.

Dezenas de voos foram já cancelados, esta quarta-feira, no aeroporto de Melbourne, devido à espessa nuvem de fumo, que continua a cobrir a cidade, causada pelos incêndios do estado australiano de Victoria.

Fonte oficial do aeroporto de Tullamarine disse à agência de notícias australiana AAP que os cancelamentos deverão continuar durante o resto do dia com apenas uma das pistas a funcionar, antecipando-se que demore “vários dias” o regresso à normalidade.

Devido ao fumo dos incêndios ainda ativos no estado, especialmente na zona de Gippsland Leste, onde residentes tiveram novamente de sair das suas casas em alguns locais, Melbourne regista, desde terça-feira, uma das piores qualidades do ar do planeta.

As autoridades anteciparam que a situação se deva manter pelo menos durante o dia de hoje, obrigando ao fecho de vários locais, como escolas e piscinas, e novamente à suspensão dos treinos e do início dos jogos do qualifying do Open da Austrália.

Os treinos foram suspensos até às 11h00 locais, enquanto as partidas de qualificação não começarão antes das 13h00, uma hora depois do que estava previsto.

De acordo com a organização do evento, a qualidade do ar no Melbourne Park está a ser “monitorizada e qualquer decisão será tomada tendo em conta os dados obtidos e as informações das equipas médicas, de cientistas da Agência de Proteção Ambiental e dos meteorologistas”.

Várias tenistas já tiveram de abandonar partidas devido a problemas relacionados com a nuvem de fumo, como é o caso da tenista eslovena Dalila Jakupovic.

A situação só deverá melhorar com a chuva, que é esperada ao início da noite, com condições mais frias a ajudarem igualmente no combate aos incêndios.

A situação atmosférica é ainda pior na zona norte do estado, onde está a atingir índices de 600, ou dez vezes o nível considerado saudável.

Desde que começaram, no passado mês de setembro, os incêndios devastaram uma área de mais de oito milhões de hectares, provocaram a morte a 27 pessoas e estima-se que tenham matado até mil milhões de animais selvagens.

ZAP // Lusa

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