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Novo terminal de cruzeiros de Lisboa inaugurado esta sexta-feira

Nuno Fox / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, durante a inauguração do novo Terminal de Cruzeiros de Lisboa

A ministra do Mar disse, esta sexta-feira, que o novo terminal de cruzeiros de Lisboa, inaugurado esta manhã, é uma “missão cumprida”, pelo que agora é preciso que esta infraestrutura “cumpra os objetivos para que foi criada”.

Hoje começa uma nova missão, uma nova fase de exigência”, ou seja, “fazer com que o novo terminal de cruzeiros de Lisboa cumpra os objetivos para que foi criado, atraindo mais navios e mais passageiros de cruzeiros, designadamente em operações ‘turnaround’, para a cidade de Lisboa”, disse a ministra, Ana Paula Vitorino, na sua intervenção durante a cerimónia de inauguração da infraestrutura.

O novo terminal envolve um investimento total de mais de 70 milhões de euros, 54 milhões que foram responsabilidade da Administração do Porto de Lisboa (APL), e 23 milhões resultantes do contrato de concessão para a construção, operação, financiamento e transferência, por um período de 35 anos, com a “Lisbon Cruise Terminals”.

Sobre o negócio, a ministra salientou que “não envolve qualquer risco para o setor público”, uma vez que “é o parceiro privado que assume integralmente o risco associado à construção, operação e financiamento do novo terminal de cruzeiros”.

Na opinião de Ana Paula Vitorino, o projeto do arquiteto Carrilho da Graça é “uma obra de arte urbana que vem valorizar o coração da cidade e da sua artéria principal, o rio Tejo”, e que permitirá colocar a capital “entre os portos mais bem servidos”, a “primeira liga dos principais portos de cruzeiros a nível mundial”.

A responsável vincou também que este dia é o marco da intervenção na área ribeirinha.

Mostrando-se convicta de que o ordenamento do território deve ser responsabilidade municipal, Ana Paula Vitorino advogou que “é possível conciliar a promoção da economia do mar com o respeito democrático dessas competências”.

Durante a sua intervenção, a ministra adiantou também que no ano passado o impacto direto dos cruzeiros na economia portuguesa foi de “cerca de 30 milhões de euros”, sendo que foram recebidos no porto de Lisboa “cerca de 523 mil passageiros”.

Assim, a governante vincou que esta é “inquestionavelmente uma mais-valia para a economia nacional e da região de Lisboa”.

O novo terminal de cruzeiros de Santa Apolónia foi inaugurado hoje, apesar de já estar em funcionamento desde setembro, cerimónia que contou com a presença do primeiro-ministro, António Costa, e dos ministros do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e da Economia, Caldeira Cabral. No exterior ainda era notória a necessidade de pequenos acabamentos.

A infraestrutura inclui um edifício com 13.800 metros quadrados em três andares e tem capacidade para receber 800 mil passageiros por ano.

Também estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, os vereadores Duarte Cordeiro e Manuel Salgado, e a presidente da Administração do Porto de Lisboa, Lídia Sequeira.

A par da ministra, intervieram também o primeiro-ministro, o presidente da ‘Lisbon Cruise Terminals’, Luís Miguel Sousa, e o diretor executivo da ‘Global Ports Holding’, Emre Sayin, a par do presidente da Câmara de Lisboa.

Falando aos presentes, Fernando Medina afirmou que este investimento “vai permitir crescer mais” e “reforça a base económica da cidade e da região”, permitindo “uma mudança do que é o papel de Lisboa”, e que a cidade “seja também um porto de partida de cruzeiros”.

Questionado no final da cerimónia sobre a oferta de transportes naquela zona da cidade, o presidente do município referiu que a localização do terminal permite a “deslocação das pessoas a pé até ao centro da cidade”, situação que a Câmara “quer incentivar e dinamizar”.

SEF vai controlar turistas antes de chegarem Lisboa

“O SEF [Serviço de Estrangeiros e Fronteiras] vai passar a adotar a prática de ter inspetores embarcados no último porto de origem, de forma a que o controlo se faça ainda a bordo. Isso permitirá aos passageiros já estarem controlados quando acostam em Lisboa”, salientou o líder do executivo.

De acordo com António Costa, com esta solução, “a partir do momento em que o barco acoste em Lisboa, os turistas terão todo o tempo disponível para poderem usufruir da cidade, não perdendo tempo em tramitações burocráticas“.

Na sua intervenção, de cerca de dez minutos, o primeiro-ministro referiu-se a uma solução considerada inovadora que poderá contribuir para atenuar o problema de falta de inspetores do SEF nas ações de controlo dos passaportes, sobretudo no que se refere aos passageiros provenientes de fora do espaço Schengen da União Europeia.

António Costa agradeceu ao SEF “toda a cooperação” que permitiu a inauguração do novo terminal de cruzeiros de Lisboa mas também “o passo inovador dado que agilizará toda a tramitação dos turistas provenientes fora do espaço Schengen” da União Europeia.

“Este é um bom exemplo de como a inovação é sempre possível e necessária”, acrescentou, numa alusão ao objetivo de melhores práticas na administração pública portuguesa.

ZAP // Lusa

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