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Novo medicamento pode reduzir em mais de metade risco de cancro da mama

National Cancer Institute / Wikimedia

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Um estudo britânico com 4 mil mulheres mostrou que o uso de anastrozol pode reduzir em mais da metade a probabilidade de desenvolvimento de cancro de mama em pacientes de alto risco.

O estudo da Universidade Queen Mary, de Londres, foi publicado na The Lancet. Além de mais barato, o anastrozol mostrou-se mais eficaz e apresentou menos efeitos colaterais que os medicamentos habituais.

O estudo dividiu as mulheres em dois grupos, ambos com pacientes consideradas de alto risco (por possuírem histórico de cancro na família).

No primeiro grupo, no qual as mulheres não receberam o anastrozol, 85 entre 2 mil mulheres desenvolveram cancro de mama. Já no segundo grupo, que recebeu o medicamento, apenas 40 entre 20 mil mulheres tiveram câncer. Não houve registo de efeitos colaterais.

Professor Jack Cuzick (foto: cancerresearchuk.org)

Professor Jack Cuzick (foto: cancerresearchuk.org)

O estudo mostrou que o anastrozol impede a produção de estrogéneo, substância que tende a impulsionar o crescimento da maioria dos cancros de mama.

O líder da equipa de investigadores, professor Jack Cuzick, comemorou a descoberta, lembrando que “o cancro da mama é de longe o mais comum entre as mulheres e agora temos hipóteses de reduzir os casos”.

“Esse tipo de droga é mais efectiva que as habituais, como o tamoxifeno e, o que é crucial, tem menos efeitos colaterais”, explicou Cuzick à BBC.

Pós-menopausa

O estudo concluiu que o anastrozol apenas não consegue impedir a produção de estrogéneo nos ovários, o que o faz efectivo apenas se ministrado a mulheres que já passaram pela menopausa.

Nesse caso, o medicamento mais indicado seria o tamoxifeno, cujo custo é igualmente baixo, por causa da patente já vencida.

Alguns países já disponibilizam o tamoxifeno, além do raloxifeno, como medicamento preventivo. Ambos bloqueiam igualmente a produção de estrogéneo. No caso do tamoxifeno, antes e depois da menopausa. O ponto negativo é que ambos também aumentam o risco de cancro de útero e trombose venosa profunda.

ZAP / BBC

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