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Novo líder de grupo neo-nazi é negro (e quer acabar com o KKK)

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O Movimento Nacional Socialista, um dos maiores grupos neo-nazis dos Estados Unidos, é agora liderado por um ativista negro. James Hert Stern quer desmantelar o grupo.

O ativista negro James Hert Stern assumiu recentemente o cargo de diretor e presidente do Movimento Nacional Socialista (NSM) e, segundo a agência Associated Press, Stern procura desmantelar o grupo sediado em Detroit.

De acordo com o JN, documentos para um processo judicial já foram entregues em tribunal, esta quinta-feira. Stern chegou ao cargo para substituir Jeff Schoep, mas a razão pelo qual um ativista negro assumiu a liderança de um grupo neo-nazi não é explicada em nenhum dos documentos.

Stern já teria tentado, há pelo menos dois anos, desmantelar o grupo supremacista. Uma mensagem publicada no seu site diz que Stern e Schoep se encontraram, em 2017, para “assinar uma proclamação, reconhecendo que o NSM era um grupo de supremacia branca”.

Mathew Heimbach, um líder supremacista branco que assumiu funções no NSM, disse que o grupo “essencialmente quer permanecer como um gangue de supremacistas brancos politicamente impotente“. Heimbach afirma que a entrada de Stern pode levar o grupo ao seu fim.

“É triste pensar que um dos grupos supremacistas há mais tempo no ativo possa acabar”, rematou Heimbach, citado pela NBC News.

Num vídeo publicado no site do NSM, Stern diz que pretende “erradicar o Ku Klux Klan e o Movimento Nacional Socialista”. Segundo o ativista negro, estas são duas organizações “que têm tido mais privilégios do que merecem”.

O antigo líder, Schoep fez esforços para mudar a imagem do NSM, apelando a que a ostentação de símbolos nazis fosse interrompida. Os militantes do grupo costumavam usar uniformes nazis nos seus comícios.

Stern e Schoep não responderam às tentativas de contacto da Associated Press e continuam em silêncio em relação ao assunto.

O NSM foi responsável pelo massacre em Charlottesville, em 2017, no desenrolar de um desfile de supremacistas brancos. Os confrontos mataram três pessoas no estado da Virginia.

ZAP //

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