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Novo Banco é o maior credor do império de Pereira Coutinho. Mais de 100 milhões de euros cativos

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O Novo Banco é a entidade bancária mais exposta à queda do empresário João Pereira Coutinho, acumulando quase metade dos mais 230 milhões de euros que as empresas SAG e SIVA devem a Banca.[/dropcaps]

De acordo com o Jornal de Negócios, que avança com os valores nesta sexta-feira, ao todo, o Novo Banco, liderado por António Ramalho terá cerca de 110 milhões de euros embargados. Parte deste montante cativo só será recuperado em 2029.

As empresas de Pereira Coutinho vão ser vendidas por um euro à Porsche Holding por um euro, num processo que envolve perdões de dívida por parte dos bancos.

De acordo com um comunicado da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a Banca perdoa 116 milhões de euros a João Pereira Coutinho, no âmbito deste negócio.

Ao todo, escreve o Negócios, o império de Pereira Coutinho conta com uma dívida agregada próxima dos 600 milhões de euros, sendo que 326,3 milhões de euros surgem na contabilidade da SAG.

No âmbito de acordo extrajudicial de recuperação da empresa, os acionistas concordaram em perdoar integralmente os seus 253,3 milhões de euros. A Banca, por sua vez, é credora de 72,3 milhões de euros, com o Novo Banco a reclamar 43,5 milhões.

O BCP irá perdoar 10 milhões, o Novo Banco 5,3 milhões e o BPI 466 mil euros, ficando intactos os créditos de 6 milhões da CGD. Além destes valores, banca aceitou também diferir o pagamento dos remanescentes 56,3 milhões – um milhão por ano nos próximos nove anos, com os restantes 47 milhões a serem reembolsados em abril de 2029.

Já na SIVA, onde a dívida global ultrapassa os 260 milhões de euros, a banca surge como credora de 160,2 milhões, com o Novo Banco à frente com 66,4 milhões.

Contas feitas, o Novo Banco reclama 109,9 milhões de euros.

ZAP //

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2 Comments

  1. Fico muito satisfeita que finalmente os Srs. políticos tenham produzido uma Lei que responsabiliza fortemente quem decide de forma danosa e que vincula cada decisor para toda a vida às suas decisões. Certamente, com esta nova Lei os casos de atos de gestão danosa e de corrupção vão diminuir sobremaneira e o Estado deixará de usar os milhões do erário público para aparar os golpes de quaisquer psicopatas e sociopatas que apenas parecem viver para encher os seus bolsos sem fundo, e os dos seus amigalhaços, à custa da desgraça alheia. Escusado é dizer que esta Lei não passou de um sonho que eu tive. Agora, se todos os portugueses, sobre esta demanda de justiça básica, tiverem um sonho, quem sabe, alguma coisa mudará!

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