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Novo Banco rejeitou empréstimo à gestora da dívida de Vieira (que vai ser adiada por mais 2 anos)

A sociedade C2 Capital Partners, que gere as dívidas das empresas de Luís Filipe Vieira ao Novo Banco pediu um empréstimo à instituição para rentabilizar os activos que restam. Isto numa altura em que o pagamento das dívidas de Vieira deve ser prolongado por mais dois anos.

As dívidas de Luís Filipe Vieira ao Novo Banco continuam na ordem do dia. Nesta terça-feira, dia 31 de Agosto, termina o prazo para o pagamento dos títulos de dívida das empresas Promovalor e Inland, ambas detidas pelo ex-presidente do Benfica. São 160 milhões de euros em Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC).

Vieira já disse que não tem dinheiro para pagar essa verba e esperava entregar as acções das duas empresas ao Novo Banco como forma de pagamento, livrando-se da dívida.

Contudo, essa ideia não agrada ao Fundo de Resolução que não quer o Novo Banco a tornar-se accionista de duas empresas com capitais próprios negativos, como avança o Expresso.

Assim, o cenário mais provável passa pelo adiamento do prazo de pagamento das dívidas por mais dois anos, como destaca o Jornal de Negócios. Esse cenário ainda está a ser ultimado porque o prazo de pagamento só termina no final desta terça-feira.

Gestora da dívida queria crédito para “valorizar activos”

Entretanto, surge a notícia de que a empresa que gere as dívidas das sociedades de Vieira ao Novo Banco pediu um empréstimo ao mesmo Banco.

A C2 Capital Partners terá pedido dois financiamentos para o desenvolvimento de um projecto na Quinta do Cochão, em Alverca, distrito de Lisboa, num total de 21 milhões de euros, como adianta o Negócios.

Esses dois créditos terão sido rejeitados pelo Novo Banco, de acordo com a mesma fonte.

O financiamento seria para “valorizar os activos que ficaram em carteira no âmbito do processo de reestruturação” das empresas, como nota o Negócios citando declarações do presidente da C2 Capital Partners, Nuno Gaioso Ribeiro, no Parlamento.

A ideia era “fazer um investimento inicial nas infraestruturas para depois se tentar vender, por lotes individuais, a construtores ou promotores locais”, alegou Nuno Gaioso Ribeiro na Comissão Parlamentar de Inquérito aos Grandes Devedores do Novo Banco.

Era necessário um “investimento de longo prazo, de capital intensivo, para recuperar a posição e capital do Novo Banco“, defendeu ainda aquele responsável.

O Negócios apurou que a gestora da dívida da Promovalor pediu ainda outro empréstimo ao Novo Banco, de mais de 10 milhões de euros, para o projecto Pinheirinho, no Algarve. Mas não há informações sobre se este crédito foi, ou não aprovado.

Entretanto, o Novo Banco “está a avaliar se faz sentido manter a gestão dos activos na C2 Capital Partners” ou se essa gestão deverá passar para outra empresa ou até para a esfera da própria instituição, como nota o Negócios.

ZAP //

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