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Fundo de Resolução decide futuro da dívida de Vieira. Eis os cenários possíveis

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O Fundo de Resolução tem até Terça-Feira para tomar uma decisão. Em causa está a dívida do grupo imobiliário Promovalor, fundado por Vieira, ao antigo Banco Espírito Santo, no valor de 160 milhões de euros.

“Não tenho 160 milhões para pagar a dívida”. Foi assim que Luís Filipe Vieira respondeu às questões sobre o empréstimo que o Banco Espírito Santo fez ao grupo imobiliário Promovalor, fundado pelo ex-presidente do Benfica.

Nesta situação, o futuro de Vieira está nas mãos do Fundo de Resolução, que vai na Terça-Feira decidir se aceita uma possível conversão da dívida da empresa ao Novo Banco. O Jornal de Negócios desta Segunda-Feira avança com os possíveis cenários.

O empréstimo obrigacionista da Promovalor expira a 31 de Agosto e os títulos de dívida, também conhecidos como valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis – VMOC – podem ser convertidos acções, que passariam para as mãos do credor.

Assim, o Novo Banco poderia ficar com até 96% da holding de Vieira, já tinha avançado o Correio da Manhã. Mas tudo isto depende do Fundo de Resolução.

Segundo o Negócios, o Novo Banco já apresentou as possibilidades, que incluem a conversão de títulos, que daria uma participação de mais de 60% do banco na Promovalor, ou o prolongamento da maturidade dos VMOC.

A instituição bancária é defensora da primeira hipótese e o processo de conversão da posse das acções pode avançar já nos próximos meses, caso o Fundo de Resolução assim o decida.

Esta é também a solução que já tinha sido apresentada por Vieira na comissão parlamentar de inquérito ao Novo Banco. “Os VMOC vão ser convertidos em capital da Promovalor, e é por essa via que o banco vai receber tudo”, disse em Maio aos deputados.

O ex-presidente das águias voltou a reiterar esta possibilidade em declarações ao CM, dizendo que “já está tudo tratado para se entregar as acções [da Promovalor]”.

O outro cenário é a extensão do prazo para liquidar a dívida, ficando o banco liderado por António Ramalho à espera que a Promovalor ou Luís Filipe Vieira tenham condições para honrar os pagamentos no futuro.

Recorde-se que o contrato de empréstimo, renegociado em 2011, inclui uma cláusula que permite ao Novo Banco “estender por mais dois anos o prazo” do pagamento da dívida.

Adriana Peixoto, ZAP //

9 Comments

  1. Qual é o problema? Se, devesse 10 ou 20 euros o caso era grave e passível de resolução. Não chateiem o homem que fez tanto pelo PS e SLB

  2. Pela leitura do que se tem escrito há qualquer coisa que está mal.
    Se são VMOC, quem está pensando em não horar os compromissos são os bancos Bancos e não o vieira.
    Como o próprio nome indica VMOC, no final do prazo os valores são convertidos em ações se a empresa não o pretender então esta pode pagar a divida.
    Ou seja o valor é convertido em ações exceto se a empresa pagar o emprestimo.
    O que se vê é que a empresa não pretende pagar a dívida como é o seu direito e os bancos recusam-se a cumprir o que foi acordado entre as partes.
    Para que conste: Eu não sou benfiquista e a maior culpa não é do vieira mas sim de quem emprestou dinheiro nestas condições, fez asneira assobia para o lado e põe as culpas noutro e recebe milhões e ninguém sabe quem foi. Pois um empréstimo deste género envolve muitas assinaturas e comissões e quando dá problema quem recebeu o empréstimo é que tem a culpa.
    Quantas milhões essas pessoas fazem e estão fazendo os bancos perder !!!
    O vieira é passado !! pois os milhões que foram gastos nunca mais se recuperam. Agora os outros é presente pois continuam no sistema a receber milhões a fazer asneiras e nós a pagar-mos.

    • Também não sou benfiquista, mas anda aqui muita história mal contada.
      Para mim o Vieira foi mais um testa de ferro de alguém ligado à politica e agora está com o rabinho de fora porque as culpas vão sempre para o mesmo.
      Mas a grande fatia de culpa disto ter acontecido passa por duas instituições uma delas era o BES e a outra o Banco de Portugal e este é que tem de se prenunciar e assumir a porcaria que fez, porque o dinheiro para ser aprovado teve de passar pelo Banco de Portugal, mas parece que isso já não interessa.
      Isto não vai dar em nada, isto são lições estudadas já faz muito tempo…
      É o mesmo que se passou com o dinheiro dos clientes no BES, então a supervisão do Banco de Portugal não tem de ter conhecimento destas situações, então para que serve!!!

    • Em sintonia. Altura de processar os executivos dos bancos ke não só recebem comissões por aprovar como nunca assumem nada. Um banco existe para emprestar. Há empréstimos ke dão e outros ke não dão.

  3. Mais uma trafulhice que, na prática, será o zé-povinho a pagar, entre Luizes F.V. e há muitos! Bancos e juízes, estamos bem entregues à bicharada! Qual deles o melhor em que possamos confiar! Num país com tanto trafulha de alta escala, com bancos e justiça desta forma a colaborar, acabará mais cedo ou mais tarde por ganhar todo o descrédito dentro e fora de portas!

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