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Nova variante de covid-19 no Reino Unido pode ter mutações relevantes

Um grupo de cientistas britânicos está a tentar perceber se a rápida disseminação no sul de Inglaterra de uma nova variante do vírus que causa a covid-19 está ligada a mutações importantes que foram detetadas.

De acordo com o grupo de cientistas, as mutações incluem alterações na proteína spike que o novo coronavírus usa para infetar células humanas, mas ainda não está claro se isso o está a tornar mais infeccioso, diz a Reuters.

“Estão em andamento esforços para confirmar se alguma destas mutações está ou não a contribuir para o aumento da transmissão do vírus“, disseram os cientistas do Consórcio COVID-19 Genomics UK (COG-UK) em comunicado.

Os especialistas britânicos, chamam a nova variante de “VUI – 202012/01”, sendo que esta inclui uma mutação genética na proteína spike que poderá fazer com que a covid-19 se dissemine mais facilmente do que acontecia até agora. Neste contexto, o governo britânico anunciou na passada segunda-feira um aumento de novas infeções, que poderá estar parcialmente associado à nova variante.

No entanto, ainda não há evidências de que a variante seja mais suscetível de causar infeções graves ou que torne as vacinas menos eficazes, sublinham os cientistas que estão a fazer trabalhos de investigação. “Ambas as questões requerem mais estudos realizados em ritmo acelerado”, referiram os cientistas do COG-UK.

As mutações, ou alterações genéticas, surgem naturalmente em todos os vírus, incluindo o SARS-CoV-2, à medida que se replicam e circulam entre as populações humanas. Como avança a Reuters, no caso da covid-19, essas mutações estão a acumular-se a uma taxa de cerca de uma a duas mutações por mês em todo o mundo, segundo os especialistas em genética do COG-UK.

“Como resultado desse processo contínuo, muitos milhares de mutações já surgiram no genoma do SARS-CoV-2 desde que o vírus surgiu em 2019″, disseram no comunicado.

A maioria das mutações vistas até agora não teve efeito aparente sobre o vírus, e apenas uma minoria tem probabilidade de alterar o vírus de alguma forma significativa, como, por exemplo, de o tornar mais capaz de infetar pessoas ou com maior capacidade para causar doenças graves.

Susan Hopkins, consultora médica da PHE, disse que “não é inesperado que o vírus evolua e é importante que identifiquemos quaisquer alterações rapidamente para compreender o potencial do risco”.

AMM // ZAP

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