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15 alterações depois, nova tabela da ADSE entra em vigor

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A nova tabela de preços a pagar aos prestadores de cuidados de saúde aos beneficiários da ADSE entra hoje em vigor, após meses de negociações com os operadores e uma adenda com 15 alterações.

Inicialmente prevista para entrar em vigor a 01 de março, a nova tabela de preços foi objeto de negociação entre a ADSE e os operadores privados, representados pela Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), após uma proposta inicial ter sido recusada pelos convencionados.

No final de março, a ADSE publicou no seu site a nova tabela, mas os operadores privados emitiram um comunicado, no qual afirmavam que a mesma continha “erros e imprecisões”. Algumas dessas correções foram agora contempladas numa adenda, comunicada aos hospitais privados na segunda-feira.

Nessa nota, a ADSE reconheceu que a tabela tinha “algumas incorreções” e, perante “a necessidade de clarificar algumas das regras”, incorporou alterações numa errata. A errata em questão tem 15 pontos e abrange áreas como consultas, imagiologia, próteses, medicina dentária, radioterapia, entre outros.

As alterações agora publicadas vão ao encontro das pretensões dos operadores privados que, aquando da primeira proposta da nova tabela, estimavam um corte de 42 milhões de euros no total do regime convencionado.

Em janeiro, o presidente da APHP, Óscar Gaspar, disse à agência Lusa que “um corte de 42 milhões basicamente significa um corte de 10% e um corte de 10% não é comportável porque os operadores privados não trabalham com margens de 10 por cento”.

Esta situação, prosseguiu, “obrigaria a trabalhar em negativo e isso colocaria em causa a qualidade da prestação de cuidados de saúde”.

Após a publicação da adenda, o ministro da Saúde mostrou-se confiante de que a nova tabela de preços da ADSE vai alcançar objetivos de poupança e avisou que “o conselho diretivo não está lá para satisfazer os privados, mas sim os beneficiários”.

// Lusa

1 Comment

  1. Essa de «o Conselho Directivo não está lá para satisfazer os privados, mas sim os beneficiários» É TRETA!
    Em que pode um corte de 10% satisfazer os beneficiários? Só se for para os sujeitarem a procedimentos mais aligeirados, quiçá de menor qualidade, o que é penalizador para quem tem de recorrer aos serviços de saúde.
    Posso estar enganado, mas as mexidas que em 2017 houve na Direcção da ADSE, não se me afiguraram de interesse para os seus beneficiários.
    A ADSE é nossa, daqueles que para ela descontam com o objectivo de terem assegurada a assistência na doença. É NOSSA! E se vai tendo superavits de milhões, que não pense o Governo servir-se dela como fonte de receita para o Estado. Isso é ROUBO, roubo idêntico ao que fizeram com as Previdências, metendo no mesmo saco os dinheiros que eram de quem trabalhava, para depois o distribuir por toda a gente a coberto da pomposa designação Segurança Social.

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