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Nova imagem do Pirilampo Mágico atrasa angariação de fundos

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FENACERCI

Nova imagem do Pirilampo Mágico

O célebre Pirilampo Mágico, cujas vendas revertem para organizações sem fins lucrativos, tem agora uma nova imagem. Um atraso na produção das novas figuras levou ao alargamento da campanha “Pirilampo Mágico 2018” até ao dia 17 de junho.

Segundo noticia o Público, as nova figuras sofreram atrasos na produção e, por isso, a Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenarcerci), que coordena a iniciativa, decidiu prolongar a campanha até dia 17 de junho, abrindo também uma nova fase na primeira quinzena de outubro.

“Só conseguimos produzir cerca de um quarto dos bonecos previstos, porque o facto de termos decidido refrescar a sua imagem, implicou mudanças no processo de fabrico, cujos moldes são completamente diferentes do que era habitual”, adiantou o vice-presidente da Fenacerci, Rogério Cação, em declarações ao Público, para sublinhar que este “incumprimento contratual por parte do fabricante” é inédito e “será tratado nas instâncias próprias”.

O tradicional boneco de peluche surge agora em PVC e com uma imagem mais high tech por uma necessidade “de refrescar a imagem” do Pirilampo Mágico que foi lançado em 1986.

“Há muito que queríamos remoçar o aspecto do boneco e aconteceu ainda que, nas últimas edições, fomos alertados pela ASAE e pela Autoridade Tributária para o facto de o boneco, sendo um brinquedo, não cumprir os requisitos CE”, explicou.

Questionada pelo Público, a ASAE explicou que “analisou em 2017, a pedido da Autoridade Tributária e Aduaneira, a conformidade do artigo Pirilampo Mágico à luz da legislação, aquando da importação destes produtos que eram à data, provenientes de países terceiros, procedimento este que resulta de obrigações comunitárias enquanto Estado-membro.”

Sublinhando ainda que “não houve qualquer aplicação de medidas sancionatórias pela ASAE sendo que a Fenarcerci já tinha, em importações anteriores, conhecimento que estes produtos disponibilizados no mercado tem de se adaptar aos requisitos de segurança previstos na legislação comunitária”.

O carimbo CE é dado aos brinquedos que demonstram cumprir os requisitos de segurança. O boneco anterior, como reconhece Rogério Cação, “tinha peças soltas, nomeadamente os olhos e a antena que era descartável”.

Por isso, a Fenacerci decidiu acatar as recomendações da ASAE, “que de forma muito pedagógica nos vinha alertando para eventuais problemas futuros de circulação do boneco, que corria, por exemplo, o risco de ficar retido numa alfândega”.

Os atrasos na campanha – que deveria ter ocorrido entre 18 de maio e 10 de junho – são totalmente imputáveis ao fornecedor e fabricante do boneco, sendo que este está atualmente “a ser fabricado a bom ritmo”, levando Rogério Cação a acreditar no sucesso da segunda fase da campanha.

O nome atribuído ao boneco foi retirado de um poema da Maria Alberta Menéres, com o mesmo título e tornou-se um dos maiores símbolos de solidariedade social em Portugal. Segundo a organização, as Cercis apoiam 25 mil pessoas com deficiências.

Desde o dia 10 de Maio de 1987, data de início da primeira campanha, foram vendidos 22.487 milhões de pirilampos e mais de 77 mil t-shirts, 2,6 milhões de pins, além de canecas, sacos de tecido, bonés e livros. No primeiro ano, eram 38 as entidades beneficiárias, num universo que, no ano passado, tinha aumentado para as 85.

O boneco, vendido a um euro, poderá ser encontrado em bancas de rua e nos balcões dos CTT e do Montepio, além de nas escolas.

ZAP //

1 Comment

  1. Solidariedade com lixo importado feito por crianças/trabalhadores sem direitos?!
    Se me tentarem vender isso vão ouvir das boas!!

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