10 notícias falsas na Rússia sobre a guerra

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Atef Safadi / EPA

Entre a bomba suja, a declaração de rendição de Zelenskyy e a encenação em Bucha, há muito para recordar.

Nem todos acreditam em todas as notícias que chegam até cá sobre a guerra na Ucrânia. Até uma confirmação oficial ou até termos imagens (e mesmo assim…), muitos dados ou frases são questionadas.

Diga-se que duvidam de notícias que chegam dos dois lados – Ucrânia e Rússia – mas diga-se também que é mais provável colocar em causa o que é escrito na Rússia.

Nesse sentido, o portal Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia elaborou uma lista de 10 notícias falsas flagrantes sobre a guerra – todas surgiram na Rússia.

A primeira recordação é sobre alegados bio-laboratórios. A Rússia chegou a pedir uma reunião urgente no Conselho de Segurança da ONU porque – dizia – tinha provas da existência de bio-laboratórios norte-americanos na Ucrânia. Produziam armas químicas, supostamente, estariam a elaborar um “programa biológico militar”, avisou Serguei Lavrov. Um assunto recorrente desde que a COVID-19 fechou o mundo. Há russos (e não só) que continuam a defender que o coronavírus foi criado num laboratório dos EUA.

A bomba suja preencheu as notícias durante algum tempo. A Rússia alegou que a Ucrânia ia utilizar material radioactivo, no seu próprio território, para depois culpar a Rússia.

Da Bielorrússia chegou também uma distorção, por parte do seu presidente Alexander Lukashenko, que disse que o seu país poderia participar na guerra em caso de defesa; não de ataque. Nunca disse de onde iria surgir o ataque à Bielorrússia – e ainda estamos sem perceber.

Zelenskyy teria dito que a Ucrânia rendeu-se. Em vários momentos foi noticiado que o presidente ucraniano tinha fugido do seu país, logo nos primeiros dias da guerra. Foi mesmo criado um vídeo falso, no qual Zelenskyy anunciava a rendição da Ucrânia.

A Rússia continua a anunciar que há práticas ocultas, satânicas, entre os soldados ucranianos, com direito a templos satânicos e tudo. E mais tarde avisaram que na NATO, nos EUA e na União Europeia faz-se o mesmo.

O massacre em Bucha nunca existiu. Foi uma encenação, alega o Kremlin, que assegura que todas aquelas imagens são de actores a fingir que estão mortos. E, mesmo os que estão mesmo mortos, foram assassinados por militares ucranianos ou britânicos.

Os russos alegam também que o Governo de Kiev vende electricidade para outros países – enquanto muitos ucranianos estão sem electricidade em casa. Entretanto a exportação de energia eléctrica foi suspensa na Ucrânia, há três meses.

Um mapa falso mostrou que a Polónia, alegadamente, queria controlar zonas do Oeste da Ucrânia. A ideia era mostrar que os outros países europeus é que são potenciais invasores (e a Polónia é segundo país com mais refugiados ucranianos… só superada pela Rússia).

A Ucrânia vai provocar uma crise alimentar no mundo, avisou a Rússia. A destruição de campos e máquinas agrícolas e o bloqueio de portos marítimos seriam de responsabilidade ucraniana.

Por fim, a notícia sobre os militares ucranianos serem cobaias para os EUA. Norte-americanos estariam a colocar nos soldados ucranianos drogas experimentais, já durante a guerra. Ou corpos dos soldados mortos, antes de serem cremados “às escondidas”, seriam utilizados para colectar biomaterial – não disseram para quê.

Refira-se que esta lista de notícias falsas foi partilhada pelo portal Pravda. Pravda, em ucraniano, significa “verdade”.

ZAP //

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3 Comments

  1. Também dizem que na Ucrânia e no Ocidente somos todos gays, mas que interessa o que os russos dizem? Eles são mentirosos compulsivos, psicopatas, violadores e assassinos. Só trazem miséria ao mundo e ainda perguntam porque ninguém gosta deles!

  2. Uma das mentiras mais estapafúrdias de que já ouvi falar foi esta: na Alemanha esgotaram-se as velas por causa da falta de energia.

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