Nuvens de fumo após “vários mísseis” atingirem aeroporto de Lviv e explosões em Kiev

Kyiv Independent / Twitter

Prédio residencial na zona norte de Kiev atingido por um míssil

Lviv, a apenas 70 quilómetros de distância da fronteira com a Polónia, acordou esta madrugada com explosões, por volta das 6h30 locais (4h30 de Lisboa).

Um ataque com “vários mísseis” destruiu uma fábrica de manutenção e reparação de aviões, localizada junto ao aeroporto da cidade, que não foi, em si, atacado. Não há relatos de vítimas, para já, segundo o Observador.

As forças russas terão disparado seis mísseis para a cidade de Lviv, esta madrugada, sendo que dois desses mísseis foram intercetados pelos sistemas de defesa aérea da Ucrânia.

A informação é avançada pelas Forças Armadas ucranianas esta sexta-feira, de acordo com a CNN.

Há uma espessa coluna de fumo sobre o aeroporto de Lviv, na Ucrânia, de acordo com a agência AFP.

Os pontos de controlo nas estradas para o aeroporto de Lviv estão a ordenar às viaturas que voltem para trás, indica a agência de notícias.

Míssil russo atinge prédio em Kiev

Um míssil russo atingiu um prédio residencial com cinco andares na zona norte de Kiev, avança a Reuters e confirma o Kyiv Independent. Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas na sequência do ataque.

Não é claro, neste momento, se as explosões relatadas na mesma zona da cidade são resultado deste ataque aéreo da Rússia. O incêndio no prédio já foi extinto.

Posteriormente, noticiou a BBC, citando os serviços de emergência locais, 12 pessoas foram resgatadas e 98 retiradas do edifício atingido.

Ao final da noite passada, as autoridades ucranianas revelavam que 130 pessoas tinham sido resgatadas com vida dos escombros do teatro de Mariupol, desconhecendo-se quantas centenas continuarão dentro do ponto que serviria de abrigo na cidade.

Tal como aconteceu na sequência de um ataque a uma maternidade em Mariupol, o ataque ao teatro da cidade foi justificado pela Rússia alegando-se que seria um ponto estratégico do batalhão Azov, força de extrema-direita do exército ucraniano.

A alegação foi feita no Conselho de Segurança da ONU. As autoridades russas defenderam que este batalhão de extrema-direita estaria a fazer civis reféns, motivo pelo que a Rússia decidiu bombardear o local.

Mariupol continua a ser um dos principais alvos de ataques russos: todos os dias estarão a cair entre 50 a 100 bombas na cidade.

Da Casa Branca chegam informações a antecipar a conversa telefónica de esta sexta-feira entre o Presidente dos EUA, Joe Biden, e o Presidente da China, Xi Jinping.

O secretário do Estado norte-americano Antony Blinken, diretamente responsável pela política externa dos EUA, avançou que Biden vai avisar o homólogo de que “a China será responsabilizada por quaisquer ações que adote, no sentido de apoiar a agressão da Rússia” à Ucrânia.

Já a assessora de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, detalhou que a chamada será “uma oportunidade para o Presidente Biden perceber a posição do Presidente Xi”, até porque os EUA têm “preocupações profundas com o alinhamento da China relativamente à Rússia”. Serão assim discutidas “as possíveis implicações e consequências desse alinhamento”.

O ministério da Defesa britânico fez, na última hora, nova atualização informativa relativa à evolução da guerra na Ucrânia.

Segundo o ministério, as forças russas “fizeram progressos mínimos esta semana” e na capital Kiev e em Mykolaiv — ponto estratégico para chegar a Odessa — as tropas continuam sem conseguir cercar as cidades, que continuam a ser defendidas pelas forças ucranianas.

Isto ao contrário do que acontece em Kharkiv, Chernihiv, Sumy e Mariupol, que continuam cercadas e sujeitas a bombardeamentos russos intensivos.

A Rússia vai pedir ainda assim esta sexta-feira uma reunião urgente no Conselho de Segurança da ONU, porque diz ter novas provas, encontradas durante a invasão, da existência de bio-laboratórios norte-americanos na Ucrânia.

Foi também no Conselho de Segurança que a China deixou dúvidas sobre a sua posição no conflito, ao anunciar que enviou ajuda humanitária para a Ucrânia.

Os Estados Unidos tinham ameaçado durante a tarde com os “custos” de um apoio militar da China à Rússia.

Alice Carqueja, ZAP //

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