Portugal é um dos países excluídos pela Noruega quanto ao levantamento de restrições à entrada no país de passageiros provenientes de países europeus, anunciou, esta quinta-feira, a primeira-ministra norueguesa.
No anúncio, feito em conferência de imprensa, Erna Solberg acrescentou que os critérios considerados – situação epidemiológica e restrições locais – excluem, além de Portugal, Reino Unido, Irlanda, Malta e Roménia, além da quase totalidade da Suécia, que continuam a ser destinos oficialmente com restrições de viagens. As restrições vão ser levantadas a partir de 15 de julho.
Para poderem ser aceites no lote com autorização de viagens para a Noruega, os países devem atender a vários critérios sanitários, nomeadamente uma taxa de contaminação inferior a 20 casos por 100 mil habitantes.
“A partir de 15 de julho, queremos a remoção de quarentena para as viagens de todo o espaço Schengen e do Espaço Económico Europeu (que inclui a União Europeia e três outros países europeus: Islândia, Noruega e Liechtenstein), disse a primeira-ministra.
“Mas, e isto é muito importante, a remoção de quarentena supõe que os critérios objetivos sejam cumpridos, em cada país”, acrescentou.
A flexibilização das medidas “mostra que a Dinamarca e a maior parte da Europa estão em situações bem melhores do que esperávamos há pouco tempo”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Jeppe Kodof, num comunicado.
Atualmente, a entrada no território norueguês está proibida para a maioria das pessoas não residentes. Para os cidadãos que regressem, após uma viagem ao estrangeiro, aplica-se uma quarentena obrigatória de 10 dias.
As únicas exceções que a Noruega está a aceitar, desde 15 de junho, incluem as viagens para três países vizinhos, Dinamarca, Finlândia e Islândia, mas ficando de fora a Suécia, onde a epidemia mantém o país bem acima do nível dos 20 casos de contaminação por cada 100 mil habitantes.
As viagens de e para a ilha de Gotland, o único território sueco para o qual as restrições também foram levantadas, estão sujeitas a quarentena.
O Governo norueguês reconheceu estar preocupado com a necessidade de abertura de fronteiras, para a recuperação da economia, num país que tem cerca de cinco mil milhões de euros de receitas no setor do turismo. A Noruega tem 8739 casos de contaminação com o novo coronavírus, incluindo 249 mortes.
Portugal poderá ficar de fora das pontes aéreas
Esta semana, foi anunciado que o Governo britânico vai dispensar o cumprimento de quarentena a pessoas que viajem entre o Reino Unido e alguns países com um risco baixo de infeção com covid-19, mas a inclusão de Portugal está incerta.
Segundo o jornal The Telegraph, esta quinta-feira, a omissão do nosso país desta lista foi vista como um “golpe absoluto”.
“É um golpe absoluto para as autoridades que fizeram tudo para comercializar destinos turísticos como seguros”, afirmou a jornalista Natasha Donn, que vive no Algarve.
Em declarações ao mesmo jornal, ainda esta semana, Luís Araújo, presidente executivo do Turismo de Portugal, tinha-se mostrado otimista de que o Reino Unido estaria “totalmente confiante” para que os britânicos voltassem a território português. “Estamos muito entusiasmados para recebê-los novamente”, disse.
No ano passado, Portugal recebeu 2,5 milhões de visitantes do Reino Unido.
Turquia, Croácia e EUA são outros três destinos populares que não deverão ser incluídos nos acordos iniciais de viagens com o Reino Unido. França, Espanha e Itália, por sua vez, serão incluídos nos primeiros acordos.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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É engraçado. Só mesmo por aqui existe a ideia de que combatemos bem a COVID. Será isto já o resultado do estado centralizado?