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Norte sem contágios por covid-19. Grande Lisboa regista 96,5% dos novos casos

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Tiago Petinga / Lusa

Portugal regista hoje 1.424 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que no domingo, e 32.700 infectados, mais 200, segundo o boletim da Direcção-Geral de Saúde (DGS). 193 dos novos casos são na área da Grande Lisboa, representando 96,5% do total, enquanto o Norte não apresenta casos de contágio.

Em comparação com os dados de domingo, em que se registavam 1.410 mortos, hoje constatou-se um aumento de óbitos de 1%. Já os casos de infecção subiram 0,6%.

Na Região de Lisboa e Vale do Tejo, onde se tem registado o maior número de surtos nos últimos dias, há mais 193 casos de infecção – mais 1,7%, o que é uma descida relativamente à subida verificada no domingo, que foi de 2,5%.

Já no Norte, onde começou por ser mais problemático o surto, não apareceram novos casos de infecção nas últimas 24 horas.

Outra tendência que continua a verificar-se aponta para a continuidade da tendência do aumento de novas infecções em pessoas mais jovens. Dos 200 casos registados nas últimas 24 horas, 48 são em jovens entre os 20 e os 29 anos, o que constitui 24% do total. Há 35 novos casos na faixa etária dos 30 aos 39 anos, isto é, 17,5%. Na faixa dos 50 aos 69 anos, há um aumento de cerca de 11%, com 45 novos casos.

As pessoas recuperadas da infecção são, agora, 19.552, 143 das quais nas últimas 24 horas.

Há ainda 471 pessoas internadas, 64 nos Cuidados Intensivos.

A recuperar em casa estão 11.253 pessoas.

O número de crianças com covid-19 internadas no Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, é agora de 5. Havia, segundo dados anteriores, 14 crianças internadas. Só uma das crianças internadas está nos Cuidados Intensivos e encontra-se “estável”, de acordo com a directora-geral de Saúde, Graça Freitas.

Mulheres são as mais infectadas e as que morrem mais

A região Norte continua a ser a que regista o maior número de mortos (791), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (363), do Centro (239), do Algarve e dos Açores (ambos com 15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24 horas de domingo, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.

Segundo os dados da DGS, 724 vítimas mortais são mulheres e 700 são homens.

Das mortes registadas, 958 tinham mais de 80 anos, 276 tinham entre os 70 e os 79 anos, 126 tinham entre os 60 e 69 anos, 45 entre 50 e 59, 16 entre os 40 e os 49. Há duas mortes registadas entre os 20 e os 29 anos e uma na faixa etária entre os 30 e os 39 anos.

Os dados da DGS precisam que o concelho de Lisboa é o que regista o maior número de casos de infecção (2.409), seguido por Vila Nova de Gaia (1.567), Porto (1.357), Matosinhos (1.280), Braga (1.225) e Gondomar (1.083).

Desde o dia 1 de Janeiro, registaram-se 326.278 casos suspeitos, dos quais 1.720 aguardam resultado dos testes.

Há 291.858 casos em que o resultado dos testes foi negativo, refere a DGS, adiantando que há 27.958 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.

Do total de infectados, 18.762 são mulheres e 13.938 são homens.

A faixa etária mais afectada pela doença é a dos 40 aos 49 anos (5.479), seguida da faixa dos 50 aos 59 anos (5.387) e das pessoas com idades entre os 30 e 39 anos (4.953).

Há ainda 4.559 doentes acima dos 80 anos, 4.344 entre os 20 e os 29 anos, 3.569 entre os 60 e 69 anos e 2.610 com idades entre 70 e 79 anos.

A DGS regista igualmente 691 casos de crianças até aos nove anos e 1.108 jovens com idades entre os 10 e os 19 anos.

De acordo com a DGS, 40% dos doentes positivos ao novo coronavírus apresentam como sintomas tosse, 29% febre, 21% dores musculares, 20% cefaleia, 15% fraqueza generalizada e 11% dificuldade respiratória.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. E que tal fazer a cerca sanitária à capital?! Não estou a falar da discoteca!!
    Temos de lidar com gente com falta de educação, desprovida de responsabilidades e depois dá nisto…
    Isto de termos de “levar” com os “sulitas” é dose!!!
    Nunca me inspiraram grande confiança. Aguardo a explicação da tvi, pois nisto de zonas mais abrangidas que outras, eles não costumam ter “paninhos quentes”!!
    Sim, claro que não espero sentado!

    • Sem o recurso ao vernáculo do colega paineleiro aqui do ZAP, concordo com a ideia de uma cerca sanitária na Região de Lisboa. Até porque está aí o 10 de junho e o feriado de Lisboa e, como é hábito, muita gente de Lisboa vai rumar ao Algarve que, até ao momento, tem tido a situação do surto contida.

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