Juliana Vilela Drummond foi o único nome aprovado por unanimidade. A palavra “seguros” pode definir muito neste processo.
As audições dos ex-ministros Augusto Santos Silva e Francisca Van Dunem, propostas por IL e Chega, foram esta quarta-feira aprovadas pela comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, com as abstenções de PS, PSD, PCP, BE e Livre.
A comissão de inquérito também aprovou esta quarta-feira, mas por unanimidade, a audição da mulher de Nuno Rebelo de Sousa, Juliana Vilela Drummond, por requerimento do PSD.
Na semana passada, o Grupo Parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) requereu a audição do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva.
Na sequência do requerimento da IL, o líder do Chega, André Ventura, pediu para acrescentar o nome da ex-ministra da Justiça Francisca Van Dunem, que tutelava a pasta da Justiça à data dos factos.
Estes requerimentos foram apresentados no final da audição da ex-ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro.
O pedido de audição dos ex-ministros surge depois de Catarina Sarmento e Castro ter dito várias vezes, durante a sua intervenção no parlamento, que não era ministra da Justiça na altura em que o processo de naturalização das gémeas ocorreu e que as questões relacionadas com o Consulado de São Paulo são da responsabilidade do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Augusto Santos Silva desempenhou as funções de ministro dos Negócios Estrangeiros, enquanto Francisca Van Dunem foi ministra da Justiça, entre 2015 e 2022, nos XXI e XXII Governos Constitucionais.
“Julianaseguros”
Antes de ser ouvido o filho do Presidente da República, o coordenador do PSD, António Rodrigues, pediu a audição de Juliana Vilela Drummond que foi “posta em conhecimento no “e-mail” de Nuno Rebelo de Sousa, justificando que tinha a palavra seguros no seu endereço eletrónico e que “pode ajudar no apuramento da verdade”.
Os documentos disponíveis até agora revelam que a nora do presidente da República interveio no processo.
Juliana comunicou com a mãe das gémeas através do endereço eletrónico [email protected] – e uma seguradora entrar neste caso pode mudar o rumo do caso.
Como mostra a TVI, na página do LinkedIn de Juliana Drummond, não há qualquer referência a uma seguradora no seu currículo profissional.
“Parece-nos que pode haver aqui alguma ligação que também possa corresponder essa ideia de ligação entre benefício que a companhia de seguros poderia buscar neste processo. Pode ser por videoconferência. Esta senhora não é arguida. Se aceitar vir depor, ela não pode refugiar-se em qualquer tipo de silêncio nem autoincriminação, como temos sido assolados no funcionamento desta comissão”, disse António Rodrigues.
Mas Juliana Vilela Drummond nem deve aparecer no Parlamento.
50 audições
Por seu turno, João Paulo Correia, do PS, considerou que a comissão terá de refletir sobre a chamada de mais depoentes, referindo que está perto das 50 audições.
“O PS não se irá opor, mas achamos que é importante que esta comissão faça outra reflexão. Já estamos a caminho das 50 audições. As audições estão a ser aprovadas além das que combinámos”, indicou.
Já o presidente do Chega explicou que os novos depoentes “foram gerados nas audições que decorreram”.
“É verdade que há uma fita cronologia, mas quando há implicações indiretas ou diretas no decorrer de audições é como o Ministério Público chamar outras personalidades. Podemos discutir ser devíamos chamar no início ou não. Não eram óbvios no início agora são muito óbvios”, salientou André Ventura.
ZAP // Lusa
Não me admirava nada que a esposa do Sr. Nuno Rebelo de Sousa tenha de forma directa ou indirecta algo a ver com o seguro da tal senhora e eventualmente podermos estar perante uma bem engendrada “vigarice” o que é ainda mais grave.
Não deve ser por mero acaso que este endereço electrônico apareceu [email protected] .
Vamos ver. Muita força para a CPI queremos a verdade e que os prevaricadores sejam punidos. Nunca menos disso.
“propostas por IL e Chega, foram esta quarta-feira aprovadas pela comissão de inquérito ao caso das gémeas luso-brasileiras, com as abstenções de PS, PSD, PCP, BE e Livre.”
“compreende-se” a indignação de todos contra o Ventura
Que polvo gigante, vai morrer sem ninguém saber quais foram os principais abusadores do poder (ou todos mesmo)
Quanto à mãe, fez o que qualquer uma faria, mas o seu Ego voltou-se contra ela, que mente com uma calma assustadora…
Já agora , para apimentar o caso ; ninguém menciona o PAI das Crianças na CPI , porque será ? . Diz ter sido Empresaria en Portugal , que tipo de Negocio geria ? . Não ouvi nenhuma destas pertinentes perguntas en qualquer circonstancia !