O engenheiro indiano Saddam Hussain não culpa o avô por lhe dar um nome idêntico ao do ex-ditador iraquiano. Mas, ao ser recusado para cerca de 40 empregos, concluiu que as empresas estão relutantes em contratá-lo mesmo que o seu nome se escreva Hussain, e não Hussein.
Dois anos depois de se formar na Universidade Noorul Islam de Tamil Nadu, o engenheiro que cresceu em Jamshedpur, na Índia, está a sofrer as consequências de ter nome que não passa despercebido.
Ele foi bem na faculdade, e seus colegas de classe já encontraram empregos, mas as companhias não o contratam.
Apesar de já ter alterado o nome para “Sajid” no passaporte e na carta de condução, a procura por emprego não se tornou mais fácil porque o engenheiro não consegue comprovar as suas qualificações académicas.
Man Named Saddam Hussain Struggles to Find Work in India https://t.co/5IkdMqWORr pic.twitter.com/jwPc5NYzfG
— Before It’s News (@beforeitsnews) March 22, 2017
“As pessoas têm medo de me contratar“, afirma Saddam, sublinhando que as empresas temem as complicações de um encontro com funcionários de imigração através das fronteiras internacionais.
O engenheiro está agora à espera da audiência judicial que se vai realizar no da 5 de maio, para forçar as autoridades a mudar o seu nome nos certificados da escola secundária. Depois disso, os documentos da faculdade também serão alterados.
Mas “Sajid” não está sozinho nesta jornada. Vários outros Saddam Husseins do Iraque sentem-se amaldiçoados com um nome que foi originalmente dado um dos mais terríveis ditadores do século XX.
ZAP // BBC