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“Nicolasito”, filho único de Nicolás Maduro, alvo de sanções dos EUA

Miguel Gutierrez / EPA

O Departamento do Tesouro dos EUA passou a incluir o nome de Nicolás “Nicolasito” Ernesto Maduro Guerra, o filho do ditador venezuelano, Nicolás Maduro, na sua lista de sanções.

“Maduro conta com o seu filho Nicolasito e com outros que são próximos do seu regime autoritário para manter a economia estrangulada e para suprimir o povo da Venezuela. O Departameto de Tesouro vai continuar a visar os familiares cúmplices de membros ilegítimos do regime que lucram com a corrupção de Maduro”, disse o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, de acordo com o comunicado divulgado.

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, o filho de Nicolás Maduro tem estado “envolvido nos esforços de propaganda e censura” do regime venezuelano. Também é referido que o filho de Nicolás Maduro tem “lucrado com as minas venezuelanas”, tal como o seu pai e a mulher deste, Cilia Flores. Tanto Nicolasito como Cilia Flores são deputados da Assembleia Constituinte, exclusivamente ocupada por deputados afetos ao regime.

Esta medida entrou em efeito no mesmo dia em que Dnoald Trump chega a Osaka para a cimeira do G20, onde estarão presentes líderes de países que têm criticado Nicolás Maduro (como é o caso de Jair Bolsonaro) e outros que o têm apoiado: Recep Tayyip Erdoğan, Vladimir Putin e Xi Jinping, presidentes da Turquia, Rússia e China, respetivamente.

Em declarações à Reuters, uma fonte da administração norte-americana disse que “a Venezuela vai ser assunto da maioria das conversas do Presidente” Donald Trump, sublinhando que o líder dos EUA “não perdeu o foco na Venezuela”.

A 23 de janeiro, Juan Guaidó, na qualidade de presidente da Assembleia Nacional, onde restam apenas deputados da oposição ao chavismo, foi declarado por aquele órgão presidente interino da Venezuela, com a função de convocar eleições presidenciais antecipadas. Os EUA foram um dos primeiros países a declarar o seu apoio a Juan Guaidó, naquilo que viria a ser um gesto repetido por mais de 50 países, Portugal inclusive.

Porém, mais de cinco meses depois, apesar do apoio da maior parte das potências ocidentais, Juan Guaidó continua a não ter poder de facto na Venezuela. Nicolás Maduro, que rejeita umas eleições presidenciais antecipadas, continua a ter poder sobre a administração pública e, mais importante, tem do seu lado a polícia e os militares.

ZAP //

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