O primeiro-ministro israelita elogiou esta quarta-feira em Lisboa as sanções dos Estados Unidos contra o Irão e disse que a pressão financeira fez aumentar os protestos contra a influência de Teerão no Médio Oriente pedindo medidas mais duras.
Ao pronunciar-se ao lado do secretário de Estado norte-americano Mike Pompeo, antes do encontro dos dois em Lisboa, Netanyahu disse que “o primeiro assunto” que vai colocar é “o Irão, o segundo é o Irão, e o terceiro também”. “Enquanto falamos, o Irão está a incrementar a sua agressão”, acusou, acrescentando: “Estamos ativamente envolvidos em contrariar essa agressão”.
Pompeo e Netanyahu cruzaram-se e cumprimentaram-se no hall de um hotel do centro de Lisboa às 18h27, seguindo para uma sala próxima onde estavam os jornalistas que acompanharam as viagens para Lisboa do secretário de Estado norte-americano e do primeiro-ministro israelita e uma “pool” de jornalistas designados por media internacionais, que não integrou nenhum órgão de imprensa português.
Israel considera o Irão o seu principal inimigo, referindo-se ao seu envolvimento na vizinha Síria, e no apoio a grupos militares na região do Médio Oriente e do Golfo Pérsico. Israel também acusa o Irão de pretender dotar-se de uma bomba nuclear, uma acusação negada pelos iranianos.
Previamente, Netanyahu tinha considerado que as sanções económicas dos Estados Unidos estavam a provocar problemas políticos e económicos ao Irão e que ainda existe um “largo espetro” de opções para reforçar a pressão.
Pompeo manifestou apoio aos recentes protestos no Irão, ao referir que “são pessoas que procuram a liberdade e uma forma de vida razoável, e que reconhecem a ameaça colocada pelos cleptocratas que dirigem a República Islâmica do Irão”.
Nas últimas semanas, a forças iranianas, de acordo com diversas ONG, mataram cerca de 200 pessoas em manifestações contra o aumento do preço dos combustíveis. Os protestos também alastraram a governos pró-iranianos no Líbano e Iraque, forçando à demissão dos respetivos primeiros-ministros.
Jornalistas portugueses impedidos de fotografar
Os jornalistas portugueses foram, de acordo com o semanário Expresso, impedidos de fotografar o encontro e registar declarações do encontro entre Mike Pompeo e Benjamin Netanyahu.
Um porta-voz da embaixada dos EUA em Lisboa informou que as fotografias do encontro entre o Secretário de Estado e o primeiro-ministro israelita e a posterior conferência de imprensa estavam vedadas aos jornalistas portugueses, sem apresentar, contudo, uma razão para o impedimento.
Netanyahu encontra-se esta quinta-feira com o seu homólogo português, António Costa. Cooperação tecnológica na área da cibersegurança, colaboração no combate ao terrorismo e nas áreas científica e académica serão pontos na agenda do encontro, avançou o Diário de Notícias. A reunião durará cerca de uma hora.
De acordo com João Rebelo, ex-presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Portugal-Israel, citado pelo DN, o ponto alto das relações comerciais entre os dois países será a “visita do Presidente da República a Israel, em janeiro, no âmbito do dia de memória do holocausto”.
Fonte de Belém e fonte diplomática israelita confirmaram ao DN que a visita está “prevista”. Esta será a primeira visita a Israel de um chefe de Estado, desde que Mário Soares ali se deslocou em 1994, que coincidiu com o assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin.
ZAP // Lusa
Portugal (vergonhosamente) aceita ser a sala de reuniões desses personagens, e, aos jornalistas portugueses não é permitido fazer o acompanhamento.
Uma completa e repugnante falta de chá. Ao menos espero que as autoridades apresentem o seu mais veemente e público repúdio por essa inqualificável atitude. Mas, não tenho grandes esperanças. A subserviência e o servilismo fazem parte da escola de muitos políticos portugueses.
a tromba deste netanyahu diz tudo o que a besta é. e o facto dos “Jornalistas portugueses impedidos de fotografar” diz tudo da bondade e honestidade deste encontro em quarto de motel.