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Jerónimo: “Nem daqui a 50 anos” o tempo de serviço dos docentes seria devolvido

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Miguel A. Lopes/ Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa criticou as propostas feitas por PSD e CDS, defendendo que, caso fossem aprovadas, “nem daqui a 50 anos” o tempo de serviço dos professores seria devolvido integralmente.

Esta terça-feira, o secretário-geral do do Partido Comunista Português atacou as propostas do PSD e CDS, defendendo que são de alguém que quer “salvar qualquer coisa, mas não salvam nada”. Para Jerónimo de Sousa, as propostas são também uma cedência às imposições financeira e orçamentais de Bruxelas.

Em entrevista à Rádio Renascença, o comunista defendeu que “com a salvaguarda proposta pela direita nem em 50 anos os professores recuperariam o tempo que lhes é devido”.

As afirmações de Jerónimo de Sousa vêm na sequência de um comunicado divulgado pelo PCP, esta segunda-feira, que alegava que “as propostas apresentadas por PSD e CDS significariam fixar um prazo de, no mínimo, 50 anos para a concretização da contagem integral do tempo de serviço”.

Apesar dos apelos de Mário Nogueira, da Fenprof, para que PCP e BE aprovassem as propostas de PSD e CDS, Jerónimo de Sousa parece decidido a rejeitar as recomendações do sindicalista. “O PCP manterá a sua coerência“, disse o líder dos comunistas.

“O CDS em particular faz um acrescento inquietante: pôr em causa o estatuto da carreira docente. Muitos já não se lembram, mas foi precisamente com um governo maioritário do Partido Socialista que desencadeou esse processo e custou muita luta aos professores defenderem o seu estatuto”, disse.

António Costa, em entrevista à TVI esta segunda-feira, afirmou que “nem daqui a dez anos” seria possível devolver o tempo integral do congelamento das carreiras dos docentes. O primeiro-ministro argumenta que essa medida seria financeiramente impossível.

“Eu não vou criar ilusões a dizer que vou devolver a integralidade do tempo, porque eu sei que só não vou eu, como não vai ninguém. E, não vai, não é este ano, nem no próximo, nem daqui a 10 anos, porque financeiramente não é possível fazer isso”, afirmou.

O primeiro-ministro considerou que o Governo “foi para as negociações de boa-fé” e “foi ao limite daquilo que era razoável e que era possível”, uma vez que “o país não pode comprometer a sua estabilidade”.

ZAP //

2 Comments

  1. Olhar bem a imagem… um dinossauro enfurecido !
    Ou um homem das cavernas ainda sem foice ou martelo …
    O atraso da política nacional.
    … e há quem vote nisto.

  2. Para ti os professores são funcionários do estado de 1ª os restantes são de 3ª ou de refugo, propor acabar coma mama das progressões automáticas não falas, acabem com isso e só sobe na carreira quem for competente não como agora tanto sobe o competente como o incompetente, perguntar não ofende, quando o PS se alia ao PPD e ao CDS, tu como PCPvens com o papão do bloco Central, e quando é o PCCP a aliar-se ao PPD e ao cDS como lhe chamas?

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