Um foguetão russo Soyuz, com dois cosmonautas russos e o avô astronauta Jeff Williams, prestes a bater o recorde de permanência no espaço para um norte-americano, descolou esta noite para a Estação Espacial Internacional.
Apesar das condições atmosféricas muito adversas, astronauta Jeff Williams, com 58 anos e avô de vários netos, e os cosmonautas Oleg Skripotchka e Alexei Ovtchinine descolaram do cosmódromo de Baikonour, nas estepes do Cazaquistão, na madrugada deste sábado.
“O foguetão Soyuz descolou com sucesso”, confirmou a agência espacial russa Roscosmos, em comunicado.
O veículo, cujo lançamento esteve ameaçado até ao último momento, devido aos ventos fortes, está decorado com uma fotografia do primeiro homem no espaço, Yuri Gagarine, quando a Federação Russa se prepara para celebrar, em 12 de abril, os 55 anos do seu voo lendário, que inaugurou uma era da conquista espacial, em 1961.
Seis horas após o lançamento, informou a agência russa RIA Novosti, a nave Soyuz TMA-20M “chegou à Estação Espacial Internacional”.
Os três tripulantes juntaram-se na EEI à 47ª Expedição da Estação Espacial, composta pelo cosmonauta russo Yuri Malenchenko e os astronautas Timothy Kopra, dos EUA, e Timothy Peake, do Reino Unido, que regressam à Terra no dia 5 de junho.
No final desta sua terceira permanência na Estação Espacial Internacional, que deve durar seis meses, o veterano Jeff Williams vai totalizar 534 dias no espaço.
Williams irá assim ultrapassar os 520 dias do seu compatriota Scott Kelly, de 52 anos, que no dia 1 de março regressou de uma missão de 340 dias na Estação, uma duração recorde em termos de permanência em contínuo na Estação, na qual já fez quatro permanências no total.
O recorde absoluto de permanência no espaço continua porém a ser do russo Gennady Padalka, que regressou à Terra em setembro de 2015, após 879 dias acumulados no espaço.
ZAP