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Nascer no código postal certo (e ter uma boa mercearia) aumenta a esperança de vida

Segundo um estudo sobre a esperança de vida nos EUA, o local de nascimento importa. Se uma pessoa nascer no Mississipi, provavelmente não chegará aos 75 anos. Por outro lado, um natural de Nova Iorque pode ultrapassar os 80.

Os números mais recentes do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças mostram que um americano pode viver, em média, 78.8 anos. Um novo estudo mostra que até a vizinhança de um determinado estado importa na esperança média de vida.

Segundo a Fast Company, o exemplo mais drástico acontece em Washington, onde alguns quilómetros podem significar uma diferença de 33 anos na esperança de vida.

As pessoas que vivem em Barry Farms podem esperar viver até aos 63 anos, enquanto que um bebé nascido em Friendship Heights e Friendship Village tem uma esperança de vida de 96 anos.

Vizinhanças com grandes populações negras tendem a uma menor esperança de vida do que as comunidades maioritariamente brancas, hispânicas ou asiáticas. Isto poderá estar relacionado com o facto de as pessoas de raça negra terem menos probabilidade de aceder a recursos que promovem a saúde, como mercearias com alimentos frescos, locais para exercício físico e infraestruturas de saúde de qualidade.

A economia local também tem influência na esperança de vida dos seus habitantes. Lugares em dificuldades económicas tendem a ter as expetativas de vida mais baixas. Além disso, pessoas que ganham menos tendem a morrer mais cedo.

Os governos estaduais e locais podem desempenhar um papel importante no aumento das expetativas de vida. Políticas que promovam a prosperidade económica e abordem os impactos da segregação racial, como investimentos em educação de qualidade, morada segura e acessível e melhoria dos transportes públicos podem ajudar.

Ao que tudo indica, assim, aumentar a esperança de vida nas populações poderá passar por medidas tão simples como construir mais mercearias.

ZAP //

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