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“Não queremos estragar a nossa joia da coroa“. Governo pode limitar acesso ao Peneda-Gerês

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ZéMarks / Flickr

Serra da Peneda, Parque Nacional da Peneda-Gerês

O Secretário de Estado da Conservação da Natureza concorda com os autarcas, sobre o impacto positivo do turismo para as populações, mas nota que o sucesso do PNPG não pode pôr em causa os valores que diferenciam a região.

Segundo, João Paulo Catarino o desenvolvimento das regiões abrangidas pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês tem de ser feito com cuidado, pois é preciso assegurar a “sustentabilidade ambiental e a biodiversidade”, referiu ao Público.

Já os autarcas dos cinco municípios que agora, com o ICNF, gerem os desígnios daquele território, partilham a mesma opinião e consideram que “não se pode estar de costas voltadas para o desenvolvimento”.

O secretário de Estado da Conservação da Natureza concorda e sublinha essa visão do poder local, mas também admite, por outro lado, que o sucesso que o espaço está a ter pode ditar a imposição de restrições no acesso a áreas cruciais, do ponto de vista ambiental.

Todos sublinham que o mais importante é a sustentabilidade ambiental e a biodiversidade, mas também as pessoas e a vida dentro do parque nacional.”

Não queremos estragar a nossa joia da coroa, mas também não queremos que se criem entraves à nossa vida diária”, frisa. A ideia é defendida pelos autarcas dos restantes quatro concelhos que partilham território do PNPG, que se lança sobre os distritos de Braga, Viana do Castelo e Vila Real.

O Secretário de Estado da Conservação da natureza, que está alinhado, como o Ministério do Ambiente, recusa a ideia de fechar o parque a visitantes.

No entanto, alerta que, se se mantiverem, ou aumentarem, os números de 2019 – cem mil visitantes num ano –, poderá ser preciso impor limitações no número de pessoas que pode aceder a alguns espaços, principalmente na envolvente a áreas de proteção integral.

Caso isso seja necessário para preservar “os valores naturais que diferenciam” o parque, quer do ponto de vista da biodiversidade, quer do ponto de vista da atraczção turística, João Paulo Catarino não vê que isso seja um problema.

ZAP //

1 Comment

  1. “a jóia da coroa…” Mas qual coroa, e qual jóia? Quando se quer esconder alguma coisa é porque há “interesses obscuros” por detrás…

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