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Nagorno-Karabakh: EUA e França insistem no cessar-fogo na região

Aziz Karimov / EPA

Esta sexta-feira, o secretário da Defesa dos Estados Unidos e a ministra francesa da Defesa reforçaram a necessidade de um cessar-fogo imediato na região de Nagorno-Karabakh, onde decorrem combates entre soldados do Azerbaijão e separatistas arménios.

Mark Esper e Florence Parly concordaram, durante uma conversa telefónica, que “os líderes da Arménia e do Azerbaijão devem honrar as suas promessas de um cessar-fogo imediato na região de Nagorno-Karabakh e uma solução pacífica”, divulgou o Pentágono, em comunicado.

Os Estados Unidos e a França são mediadores junto dos países envolvidos no conflito desde 1994, a par da Rússia, naquele que é denominado o grupo de Minsk, noticia a AFP.

Nagorno-Karabakh pertence ao Azerbaijão, mas está sob o controlo de forças étnicas apoiadas pela Arménia, alimentando um conflito que dura há várias décadas e que entrou em escalada no passado dia 27 de setembro. Nas últimas semanas o conflito já terá causado a morte a mais de 700 pessoas, segundo relatos, e a Turquia, principal aliado de Baku, é acusado de interferir naquele conflito.

O responsável pela Defesa norte-americana também discutiu com seu homólogo francês a situação no Mediterrâneo Oriental, outra região onde as tensões com a Turquia estão a aumentar, acrescentou o comunicado do Pentágono.

A Turquia reenviou esta semana um navio de exploração de gás a esta área reivindicada pela Grécia, levando a Alemanha e a França a denunciarem provocações “inaceitáveis” por parte de Ancara.

O comunicado do Pentágono refere ainda a libertação de 200 jihadistas em troca de quatro reféns no Mali, e que causou ‘um gosto amargo’ no exército francês.

Mark Esper agradeceu, no entanto, à ministra, o “papel de liderança da França na luta contra o terrorismo”. “[O secretário de Estado] também expressou a esperança de que mais países europeus apoiem os esforços da França no Sahel“, pode ler-se ainda no comunicado, que não faz qualquer menção aos planos dos norte-americanos para reduzir a sua presença militar em África.

ZAP // Lusa

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