Musk considera que a expulsão foi uma “má decisão moral” e que foi “tola” e acredita ainda que os funcionários do Twitter são maioritariamente esquerdistas e que falta um “equilíbrio”.
Depois de muita especulação sobre o que planeia mudar nos termos e condições do Twitter após a compra, Elon Musk já deixou clara uma decisão que quer reverter — a expulsão permanente de Donald Trump.
Em Janeiro de 2021, o Twitter baniu a polémica conta do então Presidente dos Estados Unidos, justificando a escolha com repetidas violações das regras para utilização para a aplicação, nomeadamente a incitação à violência, considerando que os tweets de Trump “incentivavam e inspiravam as pessoas a replicar os actos criminosos quer tiveram lugar no Capitólio a 6 de Janeiro”.
Musk, que é o homem mais rico do mundo graças aos seus investimentos em empresas como a Tesla e na SpaceX, mostrou interesse em comprar o Twitter no mês passado e as negociações para aquisição foram finalizadas a 25 de Abril, por cerca de 41 mil milhões de euros.
“Eu reverteria a expulsão permanente. Acho que não foi correcto banir Donald Trump. Acho que foi um erro que alienou o país e não resultou se o objectivo era que Donald Trump deixasse de ter uma voz. Foi uma má decisão moral e tola no extremo”, afirmou Musk durante uma conferência do Financial Times.
O dono da Tesla também considera que a empresa é demasiado esquerdista e acredita que a culpa disto é o facto de ser sediada em San Francisco: “O Twitter precisa de ser mais equilibrado. Actualmente, é tendencioso para a esquerda“.
Jack Dorsey, co-fundador e antigo CEO do Twitter, também já se mostrou arrependido da decisão, dizendo que “geralmente, as expulsões permanentes são uma falha nossa e não funcionam”, cita o The Guardian.
Do lado de Trump, o ex-Presidente já afirmou que não quer voltar ao Twitter e prefere apostar na sua própria rede social, a Truth Social. No entanto, a audiência muito maior que teria no Twitter pode fazer Trump voltar atrás na ideia, especialmente se ainda estiver nos seus planos uma nova candidatura à Casa Branca.