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Museu do Relógio homenageia Évora

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Eugénio Tavares d'Almeida, Museu do Relógio homenageia Évora

Eugénio Tavares d’Almeida, director do Museu do Relógio

“Évora II” é o nome do mais recente modelo de relógio mecânico, numa edição numerada de 100 exemplares, lançado pelo Museu do Relógio, que pretende homenagear esta cidade alentejana, pela segunda vez.

“Este relógio tem subjacentes dois conceitos. Por um lado, é a segunda vez que homenageamos Évora e, por outro, assinala o segundo aniversário do polo do museu existente na cidade”, disse à agência Lusa o director da instituição, Eugénio Tavares d’Almeida.

O Museu do Relógio, fundado em Serpa em 1972, possui um espólio de cerca de 2.400 relógios mecânicos, sendo o único da Península Ibérica dedicado exclusivamente a essa temática e um dos cinco a nível mundial.

No final de 2011, a instituição abriu um polo, que alberga cerca de 600 relógios, em pleno “coração” do centro histórico de Évora, na zona da Praça do Giraldo, tendo comemorado o segundo aniversário na semana passada.

Sem apoios oficiais, o Museu do Relógio, que tem cariz privado, assegura a sustentabilidade financeira, sobretudo, através da sua oficina de restauro e da produção artesanal de relógios mecânicos.

“Em 2001, a pedido de centenas de amigos do museu, começámos a fazer, anualmente, um relógio dedicado a uma cidade ou região de Portugal”, lembrou o diretor, frisando que, até agora, já foram lançadas “14 ou 15 peças”.

No caso de Évora, com o mais recente modelo de pulso, já é a segunda vez que a instituição presta homenagem à cidade, depois de um primeiro relógio, lançado em 2005.

“Este novo relógio foi idealizado e desenhado pelo museu e feito por uma manufactura alemã, a Junkers. É uma reedição dedicada a Évora, mas não tem uma única peça em comum com o anterior modelo”, realçou.

Em termos estéticos, explicou Eugénio Tavares d’Almeida, “o mostrador” do relógio “apresenta dois destaques”, um dos quais é o facto de, “na zona que indica as 06:00 e as 07:00”, se poder ver “o mecanismo a trabalhar”.

Museu do Relógio

Relógio "Évora II" do Museu do Relógio

Relógio “Évora II” do Museu do Relógio

“Vemos o ‘coração do relógio’, com o balanço à vista, o que permite logo ver que se trata de um relógio mecânico, não eletrónico”, precisou.

O outro ponto de relevo no mostrador, acrescentou, é “a imagem do tempo romano de Évora, na indicação das 02:00, com duas das colunas sombreadas a vermelho, como se fosse numeração romana”.

O modelo “Évora II”, que custa cerca de 300 euros, é uma edição limitada e numerada de 100 exemplares e, “entre vendas e reservas”, o museu “já conseguiu garantir 30% dos custos de produção” do relógio, disse o director.

“Algumas pessoas pensam que fazemos isto do ponto de vista da relojoaria, mas não. O importante, com estes relógios, é que as vendas ajudam à sustentabilidade deste espólio e as pessoas que os adquirem passam a ser ‘embaixadores’ do museu”, afiançou o diretor.

O espólio da instituição é constituído por relógios mecânicos fabricados nos últimos 400 anos, dos mais variados estilos, marcas e tendências, para colocar na mesa, pendurar na parede ou utilizados no pulso, no bolso, na lapela e mesmo no espaço e na lua.

/Lusa

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