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Encontrada a múmia do pai do último xá do Irão

(dr)

Reza Xá Pahlavi, fundador da dinastia Pahlavi e pai do último xá do Irão

Um corpo mumificado, descoberto próximo da capital do Irão, pertence “muito provavelmente” ao pai do último xá do país.

Os restos mumificados foram encontrados na passada segunda-feira, quando estavam a ser realizados trabalhos de construção de um santuário em Shahr-e Ray, a sul do Teerão. Os restos mumificados podem pertencer a Reza Xá Pahlavi, fundador da dinastia Pahlavi e pai do último xá do Irão.

Depois da revolução de 1979, o túmulo do último monarca iraniano foi destruído, mas os seus restos mortais nunca foram encontrados. O neto do antigo xá, Reza Pahlavi, que vive nos Estados Unidos, afirmou que o corpo pertence “muito provavelmente” ao seu avô.

Num comunicado partilhado na rede social Twitter, o neto pediu às autoridades iranianas que permitam que profissionais médicos da sua confiança tenham acesso ao corpo (depois de ficar comprovado que os restos mortais são, de facto, do seu avô), de modo a realizar um enterro adequado.

“Se não como o pai do Irão moderno ou como um Rei, então apenas como um simples soldado e servo de seu país e do seu povo, Reza Xá deve ter um túmulo gravado num local conhecido por todos os iranianos”, escreveu o neto do monarca.

À agência de notícias ISNA, o presidente do Comité do Património Cultural do Teerão afirmou que “é possível” que o corpo pertença ao antigo xá. No entanto, alguns meios de comunicação vieram já contestar essa informação.

(dr) Tasnim / BBC

À esquerda, a múmia que será alegadamente de Reza Xá Pahlavi; à direita, o corpo do monarca iraniano

Reza Pahlavi chegou ao poder em 1925 –  quatro anos após um golpe orquestrado pelo Reino Unido, que pôs fim à dinastia Qajar, – e governou o Irão durante mais de 50 anos.

O xá estabeleceu uma monarquia constitucional e introduziu muitas reformas tanto económicas como sociais, como a mudança do nome do país para Irão e o fim da imposição do véu para as mulheres iranianas.

Em 1944, morreu no exílio, na África do Sul, três anos depois de ter sido forçado a abdicar a favor do seu filho Mohammad Reza Pahlavi, pelas forças britânicas e russas.

O seu corpo foi inicialmente embalsamado e enterrado no Egito, mas acabou por ser transferido para o país que governou alguns anos depois. O amusoléu onde foi enterrado foi destruído em 1979, na revolução que depôs o seu filho.

ZAP // BBC

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