Os restos mumificados de um cavaleiro das Cruzadas com cerca de 800 anos, que estavam numa cripta da Igreja St. Michan, em Dublin, foram danificados por vândalos, avançou a cadeira irlandesa RTE esta segunda-feira.
Segundo relata a RTE, os atos de vandalismo foram descobertos por um guia turístico que, ao abrir a cripta para um grupo de visitantes, deu conta que o corpo do cruzado tinha sido movido e que a sua cabeça tinha desaparecido.
“É um dia triste para a Igreja e para a humanidade“, lamentou David Pierpoint, arquidiácono da Igreja da Irlanda, que deu também conta que o cofre da igreja tinha já sido alvo de um ataque semelhante em 1996.
Várias múmias foram danificadas, incluindo o corpo de uma freira com 400 anos, que foi profanado. Porém, foi o corpo do cruzado que sofreu mais estragos, revela a igreja em comunicado. A igreja receia agora que o ar possa decompor as múmias, uma vez que as condições dentro do jazigo as preservavam.
Também o arcebispo Michael Jackson, expressou a sua tristeza face aos acontecimentos. “Estou chocado por alguém atacar um antigo local de sepultamento e profanar os restos mortais daqueles que lá se encontram”, afirmou.
“Estes indivíduos não só profanaram jazigos sagrados como também destruíram múmias históricas, que têm sido preservadas na Igreja de St. Michan por centenas de anos. Gostaria de apelar aos responsáveis para pensar nas suas ações e devolver a cabeça do soldado “, apelou ainda Jackson.
Pierpoint recordou ainda que a igreja já tinha sido vandalizada em 1996, quando um grupo de adolescentes invadiu a igreja e ter retirou os corpos mumificados dos seus jazigos. Nessa altura, os jazigos foram fechados ao público durante uma semana para que os corpos fossem restaurados.
O mesmo acontecerá agora, não se sabendo ainda durante quanto tempo. A igreja, que no ano passado recebeu cerca de 27 mil pessoas, permanecerá fechada por tempo indeterminado, nota ainda a Russia Today.
A polícia irlandesa está a investigar o caso.
Se esses vândalos tivessem de cumprir 10 anos de cadeia a cumprir “trabalho social”, de certeza que mudavam de ideias !