Mais de 100 mil condutores foram apanhados a circular em excesso de velocidade só em Setembro. As multas geraram, no mínimo, mais de 6,7 milhões de euros.
Em apenas um mês desde a implementação de 37 novos radares da rede SINCRO da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), o número de infrações por excesso de velocidade aumentou quatro vezes comparado com a média mensal do primeiro semestre.
No total, 112 744 condutores foram apanhados a exceder os limites em Setembro, contra uma média de 31 327 nos meses anteriores. O radar com mais deteções foi instalado na EN119, na zona de Foros de Almada, no concelho de Benavente.
O balanço, divulgado na segunda-feira pela ANSR, mostrou que a receita mínima gerada pelas infrações foi de 6,764 milhões de euros em setembro, com cada multa a ter um valor mínimo de 60 euros. Este valor é quase um terço do que foi recolhido no primeiro semestre inteiro, quando foram arrecadados cerca de 24 milhões de euros em multas, explica o Correio da Manhã.
De acordo com a ANSR, desde a implementação dos novos radares, houve também uma “redução média muito expressiva” de cerca de 80% no número de veículos em excesso de velocidade.
O índice de gravidade da sinistralidade também é notório, tendo sido registados zero mortos e zero feridos graves nos locais onde os novos radares foram instalados. Os radares foram estrategicamente colocados em locais onde 115 pessoas perderam a vida nos últimos cinco anos.
“O nosso objetivo não é castigar os condutores, nem aumentar receitas com multas, mas sim dissuadir comportamentos de risco”, afirmou Patrícia Gaspar, secretária de Estado da Proteção Civil, sublinhando que nos locais onde os radares têm estado a funcionar nos últimos 7 anos, o número de vítimas caiu em 74%.