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Mulher de Clooney diz que Egipto ameaçou prendê-la

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hotgossipitalia / Flickr

George e Amal Clooney

George e Amal Clooney

A advogada Amal Clooney, mulher do ator George Clooney, afirma ter sido ameaçada de prisão pelas autoridades egípcias em fevereiro, quando estava prestes a publicar um relatório crítico sobre o sistema judicial daquele país.

Numa entrevista hoje publicada no diário britânico The Guardian, Amal Clooney, advogada especialista em direitos humanos, representante legal de um dos jornalistas da Al-Jazeera detidos no Cairo, avançava no relatório elaborado em nome da International Bar Association que o sistema judiciário egípcio devia ganhar independência.

“No momento do lançamento deste relatório, eles começaram por nos impedir de o fazer no Cairo. Perguntaram: ‘O relatório critica o exército, o sistema judiciário ou o Governo?’, e nós respondemos: ‘Sim’.

‘Então nesse caso, arriscam-se a ser presos‘, disseram-nos'”, contou.

O relatório foi publicado a 10 de fevereiro, em Londres.

A mulher do ator norte-americano falava após a decisão de quinta-feira da Justiça egípcia de ordenar um novo julgamento para os três jornalistas da Al Jazeera, presos no Egito há um ano.

@MFFahmy11 / Twitter

O jornalista egípcio Mohamed Fadel Fahmy cumpre uma pena de prisão de 7 anos

O jornalista egípcio Mohamed Fadel Fahmy cumpre uma pena de prisão de 7 anos

Condenados a penas entre sete e dez anos de prisão, o egípcio-canadiano Mohamed Fadel Fahmy, defendido por Amal Clooney, o australiano Peter Greste e o egípcio Mohamed Baher são acusados de apoiar a irmandade islamista dos Irmãos Muçulmanos e permanecem detidos.

De acordo com Amal Clooney, os três homens são vítimas de um sistema em que os juízes são nomeados pelo Governo.

Quanto ao novo julgamento, Amal Clooney está pessimista.

“Se o princípio é o de que houve erros, mas se o novo julgamento vai assentar nas mesmas bases do primeiro, então este não vai significar grande coisa“, comentou.

A advogada acredita na possibilidade de expulsão do seu cliente egípcio-canadiano do país, conforme permite uma nova lei promulgada em novembro.

“A partir do momento que há um desejo real de avançar em ambos os lados, não vejo porque razão não poderia ter lugar uma expulsão muito rapidamente”, disse.

/Lusa

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