Uma mulher acusou o candidato republicano de gestos e atitudes despropositadas quando se cruzaram em 1998, acusações que se juntam às emitidas por outras mulheres há dez dias.
Karena Virginia, professora de yoga, 45 anos e natural da região de Nova Iorque, revelou durante uma conferência de imprensa que se cruzou com o homem de negócios durante um torneio de ténis do US Open em 1998.
Segundo referiu, Donald Trump disse aos homens que o acompanhavam: “Pois, vejam isso. Nunca vi nada assim. Olhem para aquelas pernas”.
Referia-se a ela “como se fosse mais um objeto que uma pessoa”, explicou Karena durante as suas declarações, ao ler uma declaração previamente preparada.
O milionário terá abordado a jovem mulher, que então tinha 27 anos, tomando-lhe o braço e tocando-lhe no peito, segundo disse.
Depois do incidente, a mulher explicou ter sentido vergonha, referiu, citada apela France-Presse.
“Durante vários anos, hesitei sobre o que deveria vestir para não atrair involuntariamente a atenção”, prosseguiu.
Segundo a sua advogada, Gloria Allred, especialista em questões de assédio e agressão sexuais, Karena não tem a intenção de processar o candidato republicano.
O Washington Post divulgou recentemente um vídeo, de 2005, no qual Trump se vangloria das suas grosserias com as mulheres, sem o seu consentimento.
A revelação deste documento incitou nove mulheres a acusarem publicamente o republicano de comportamentos grosseiros, alguns passíveis, se corroborados, de serem considerados agressão sexual.
Karena Virginia é a décima mulher a pôr em causa o magnata do imobiliário.
No decurso do terceiro e último debate presidencial na noite de quarta-feira, Trump voltou a negar os factos e afirmou que estas acusações foram “largamente desmentidas”.
Donald Trump também sugeriu que Hillary Clinton incitou as mulheres a acusarem-no de agressão sexual.
“Ninguém me pediu para testemunhar publicamente”, assegurou hoje Karena Virginia. “Na realidade, numerosas pessoas aconselharam-me a não o fazer”, explicou.
/Lusa
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