Portugueses recusam deixar Israel

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Apesar de a cidade de Jerusalém estar a ser poupada a bombardeamentos, as famílias dos portugueses que lá ficaram estão preocupadas. “Aquilo que se está a ver fica a 130 quilómetros daqui, mas neste momento tudo é imprevisível”.

Há cerca de 2.000 portugueses registados no consulado de Portugal em Telavive, Israel.

Uns abandonaram o país, mas outros quiseram ficar, apesar da Guerra.

À RTP, dois trabalhadores portugueses – José Almeida e Jorge Seixas – contaram que, para já, não veem necessidade de abandonar o país.

“Estamos em alerta e fazemos uma avaliação diária, para perceber se há algum tipo de conflitos aqui em Jerusalém. É aconselhado apenas sair de casa para o trabalho e depois trabalho casa. É a cautela que nós temos”, explicou Jorge Seixas.

Na empresa que Jorge e José estão a gerir, ficaram ainda 40 portugueses a trabalhar, “só cerca de 10/11 elementos tomaram a decisão de sair, um pouco sem perceber o que iria ser a evolução. Acabaram por sair num avião da Força Aérea Portuguesa, com o resto dos portugueses que saíram até ao momento”.

A cidade de Jerusalém está relativamente calma… mas, para os que vivem e sentem de longe, não é fácil acreditar: “Não é fácil transmitir a realidade daqui – a aparente acalmia que a cidade tem… nem tentar convencer os nossos familiares em Portugal que aquilo que se está a ver fica a 130 quilómetros daqui

“Tudo é imprevisível neste momento”

Na Guerra, tudo é imprevisível; e, neste momento, a tensão no Médio Oriente é uma ‘bomba-relógio’.

Os dois trabalhadores têm consciência disso mesmo, e admitem que, caso haja alterações significativas no cenário do conflito, vão repensar a decisão.

“Se houver a entrada de Israel em Gaza, aí fica um bocadinho mais complicado e é preciso analisar melhor a situação, caso evolua… mas vamos ver… tudo é imprevisível, neste momento”, considera José Almeida.

Miguel Esteves, ZAP //

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