Rebekah M. Rinckey / U.S.Navy / Wikipedia
Os contratorpedeiros de mísseis guiados USS Gravely (DDG 107) e USS Forrest Sherman (DDG 98). Ao centro, o navio de apoio rápido de combate USNS Supply (T-AOE 6)
A Casa Branca, que classifica Nicolás Maduro como “narcoterrorista”, mobilizou uma frota de navios, aviões e fuzileiros para as águas ao largo da Venezuela — numa demonstração de força contra o presidente.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, destacou uma flotilha de navios de guerra e outros meios militares para as águas ao largo da Venezuela, numa operação dirigida contra o Presidente venezuelano Nicolás Maduro.
O movimento, visto como uma escalada nas relações entre os dois países, sinaliza a crescente frustração em Washington com o líder venezuelano devido ao fluxo de narcóticos ilícitos para os Estados Unidos, diz o The War Zone.
Maduro é considerado foragido pela justiça norte-americana desde que em 2020 foi acusado de narcoterrorismo e tráfico de droga.
Donald Trump ordenou o envio para junto da nação sul-americana de pelo menos três contratorpedeiros com mísseis guiados da classe Arleigh Burke, um submarino, e outros meios militares, confirmou uma fonte próxima da operação ao The War Zone
No início da semana, a Reuters noticiou que, além dos contratorpedeiros, cerca de 4.000 fuzileiros a bordo de um Grupo Anfíbio de três navios estavam também a ser destacados para a região — o que representa uma armada norte-americana de dimensão notável, versátil e poderosa ao largo da costa venezuelana.
Embora a natureza exata desta mobilização permaneça desconhecida, faz parte do esforço de Trump em envolver as Forças Armadas na luta contra o narcotráfico.
Em resposta, Nicolás Maduro anunciou a mobilização em todo o país de mais de 4,5 milhões de milicianos — voluntários destinados a reforçar a defesa das Forças Armadas contra ataques externos e internos.
“O império enlouqueceu e renovou as suas ameaças à paz e tranquilidade da Venezuela”, declarou Maduro num evento em Caracas, sem mencionar medidas concretas.
Trump, cujos desentendimentos com Maduro remontam ao seu primeiro mandato, acusa o líder venezuelano de ser uma peça central do tráfico internacional de droga, que a Casa Branca tem como prioridade máxima combater.
Para Washington, Maduro é simplesmente um “narcoterrorista”.
“O regime de Maduro não é o governo legítimo da Venezuela. É um cartel de narcoterror liderado por Maduro. Para esta Administração, ele não é um presidente legítimo, mas o chefe foragido desse cartel, acusado nos EUA por tráfico de drogas”, disse na terça-feira a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Segundo um responsável norte-americano, que falou à Reuters sob anonimato, os meios navais agora mobilizados “podem ser usados não só para operações de inteligência e vigilância, mas também para lançar ataques cirúrgicos — caso seja tomada essa decisão”.
