MP investiga suspeitas de gestão danosa na PT

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João Relvas / Lusa

Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, antigos administradores da Portugal Telecom

O Ministério Público está a investigar as decisões da Portugal Telecom, dos gestores e dos acionistas, desde meados da década passada até à decisão de venda ao grupo Altice. Em causa estão suspeitas de gestão danosa.

Segundo fonte da Procuradoria-Geral da República, citada pelo Público, a venda da PT ao grupo Altice “não é objeto de investigação neste momento”. O Ministério Público está então a investigar a antiga gestão da Portugal Telecom por suspeitas de movimentos ilícitos.

As autoridades portuguesas encontram-se a analisar as decisões da operadora, gestores e acionistas, num inquérito que decorre simultaneamente em Portugal e no Brasil, fazendo com que os processos Operação Marquês e Lava Jato se encontrem – com a fusão da PT com a OI como pano de fundo e Otávio Azevedo como fonte.

A nível nacional, além da Operação Marquês, a gestão da PT aparece ainda interligada a outro dos maiores processos judiciais a decorrer: o GES, que diz respeito à queda do Banco Espírito Santo.

As detenções de Ricardo Salgado e de José Sócrates em 2014, “assinalaram o fim de um ciclo dominado por uma rede de interajuda (GES-BES-PT) organizada na sombra, de modo a alimentar o poder político e a ser alimentada por ele”.

A destruição da PT foi, então, um dos efeitos colaterais da queda do GES e o mais grave, por a empresa de telecomunicações ser um pólo estruturante de uma pequena economia como a portuguesa, e também um centro de inovação e de competências.

Um dos principais objetivos da investigação é tentar compreender como é que a maior empresa nacional, que chegou a ter excedentes de mais de 3 mil milhões de euros, não resistiu à perda de 897 milhões de euros da exposição ao Grupo Espírito Santo, em julho de 2014.

Uma das explicações avançadas pelo jornal estará no acordo firmado com a OI em 2010, um erro da operadora, já que os 5,4 mil milhões de euros investidos na brasileira valem hoje menos de 200 milhões. Ou seja, a PT perdeu muito com a Rioforte, mas cinco vezes menos do que perdeu com a Oi.

As outras passarão pelo facto de a PT, que financiava grande parte dos projetos, ter acabado a ser usada por políticos, acionistas e gestores de empresas para benefício pessoal.

José Sócrates, enquanto político, BES e Ongoing, enquanto acionistas, e gestores portugueses como os donos do consórcio Andrade Gutierrez e La Fonte, do Grupo Jereissati são alguns dos nomes avançados.

ZAP //

3 Comments

  1. va la, demorou tempo mas ainda bem que ja estao a investigar… entrava se pelos olhos dentro de quem sabe algo sobre a politica de corrupçao compadrio e formaçao de quadrilha, praticada quer por lula quer por socrates que salgado bava e granadeiro se entregaram a lula via socrates,para satisfazer a ganacia de poder de lula y amigos e do seu filho lulinha.quanto tera dado de propina por ca esse investimento na oi e que deviamos tambem saber. investigue-se!!!!(a soluçao era accorrentar esses bandidos numa prisao de alta segurança, sem visitas nem mordomias nem midias nas imediaçoes nem quebras do segredo de justiça, ate confessarem) .

  2. É tudo nosso (deles), empresas públicas que deveriam dar lucro são levadas à falência e os gestores além de receberem chorudos ordenados ainda recebem condecorações pela (boa) gestão das mesmas, por isso agora com a Altice no comando da mesma os sindicalistas também bons oportunistas não estão pelos ajustes.

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