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PGR investiga negócio pouco transparente entre Estado, Airbus e Salvador Caetano

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foreignoffice / Flickr

O ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira

O Ministério Público está a investigar um negócio com contornos pouco claros envolvendo o Estado, a Salvador Caetano e a Airbus.

Como descreve o Público, citando a Procuradoria-Geral da República, “o Ministério Público no Tribunal Administrativo encontra-se a recolher elementos, com vista a decidir o tipo de procedimento a adoptar” relativamente a possíveis ilegalidades na renegociação do contrato do Estado com a Airbus Space and Defense, divisão da Airbus responsável pelo desenvolvimento e produção de produtos destinados à aplicação aeroespacial e de Defesa.

Em causa, descreve o jornal, está um contrato de compra de 12 aviões C-295 à Airbus, realizado em 2006, que pressupunha um contrato de contrapartidas com um conjunto de obrigações a que o fornecedor se submetia para fomentar a economia portuguesa, através de investimentos diretos ou compras de material.

Artur Mendes – que era conselheiro de comunicação do ex-ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, e na altura sócio de Miguel Caetano Ramos, neto do fundador do Grupo Salvador Caetano e gestor de topo do grupo – terá ajudado a Salvador Caetano a reunir com o Ministério da Economia. Artur Mendes poderá, assim, ter facilitado a concretização de um negócio para um grupo com que tinha ligações.

Já Manuel Pinheiro, ex-adjunto de Álvaro Santos Pereira, terá feito chegar a informação do interesse da Salvador Caetano à Airbus – e hoje trabalha no Grupo Salvador Caetano.

Graças à intervenção de Manuel Pinheiro e Artur Mendes, a Airbus, que entretanto tinha feito um negócio com a Salvador Caetano, conseguiu chegar à fala com o então ministro da Economia – que aditou o contrato, desta vez com contrapartidas de apenas 15% e ao fazê-lo tornou a Salvador Caetano na maior parceira do negócio. Em setembro de 2012, um mês após o aditamento ao contrato entre Governo e Airbus, foi criada a Salvador Caetano Aeronautics.

Este processo, no entanto, seria ilegal, já que as regras ditam que não pode ser o Governo a escolher projetos que beneficiariam de contratos e contrapartidas com fornecedores de material militar.

ZAP

4 Comments

  1. Deste governo já se pode esperar tudo…
    O lugar destes senhores é ao lado do 44…
    É uma vergonha, passos fedelho, relvas, cavaco, portas e por aí fora com tecnoformas, BPN’s e mais outros tantos casos!
    É colocar este governo na choldra, isso sim!

  2. Gente do PS é assim, é composto por presidiários (socrates, soares, etc) e por gente que não sabe ler (rui esteves, etc)…
    Fora isso, não deve ter havido um único contrato feito pelo PS enquanto governo que não tivesse uma qualquer artimanha… Deus nos livre…

  3. Nos últimos 40 anos tem sido um fartar vilanagem. Esperemos que a actual procuradora consiga colocar o maior número de corruptos possível na choldra. Muito nos devem pelos sacrifícios que hoje estamos a passar.

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