A procuradora do Ministério Público (MP) do Tribunal da Relação de Lisboa não desistiu de imputar responsabilidades a António Joaquim, o amante de Rosa Grilo, pela morte do marido desta, o triatleta Luís Grilo. E cita as Leis da Física para justificar porque é que ele também deve ir para a prisão.
“À luz das regras do senso comum e da experiência, a ocultação do corpo e o seu transporte para o local onde foi encontrado mostram o envolvimento de mais de uma pessoa”, considera a procuradora conforme cita o Correio da Manhã (CM).
“Não são credíveis as explicações dadas pelo amante, António Joaquim, que garantiu nada saber sobre a morte do triatleta”, refere ainda a Procuradora que evidencia “a falta de respostas, quando o assunto foi o motivo de terem desligado os telefones, à hora em que o crime terá sido cometido”.
A magistrada reporta-se mesmo para “as leis da física” e “cita Newton” para considerar que “o corpo de um homem adulto, musculado e atleta não pode ser transportado apenas por uma pessoa” e “muito menos de um primeiro andar até à cave, por umas escadas estreitas e de difícil acesso, sem que exista no mesmo cadáver qualquer lesão provocada pelo embate nas mesmas escadas”.
Estes argumentos levam a procuradora a lamentar que o tribunal “sobrevalorizou as dúvidas”.
António Joaquim foi absolvido da morte de Luís Grilo, enquanto Rosa Grilo foi condenada a 25 anos de prisão pelo homicídio.
Mas o MP ainda acredita que António Joaquim pode ser considerado culpado. E estes argumentos críticos da absolvição até podem levar a uma “repetição do julgamento”, como constata o CM.
António Joaquim está em liberdade desde Dezembro do ano passado, tendo sido condenado a dois anos de pena suspensa por posse de arma proibida.
É preciso uma mulher na Justiça para lembrar aos gajos, que a Grilo nunca poderia levar o falecido às costas até ao terreno onde foi encontrado.
É preciso que abram os olhos aos ”sábios” da Justiça, porque não há um só português que acredite na história inventada.
Segundo as leis da física, uma pessoa sozinha pode perfeitamente transportar um cadáver!!
Basta pensar, por exemplo, numa alavanca…
Na Justiça não basta acreditar – convém provar…
Convém… mas não é necessário. Basta que seja possível que perante dados factos um cidadão comum possa ser levado a concluir pela culpa de A, B ou C… e está feito. Já vi muitos a serem condenados deste modo. E o recurso frisa sempre o mesmo: um cidadão comum poderá ser levado a concluir…
Quanto a provas nada. Por isso, nem sempre são necessárias provas. Basta que perante certos factos exista a possibilidade de um “cidadão comum” poder ser levado a concluir de determinada forma. Isto, dá para tudo. E já vi muitos a serem condenados desta forma. Os tribunais podem ser locais perigosos para se frequentar.
Ótimo .vale lembrar que uma alavanca precisa de um ponto de apoio.
É fato que as leis da física não foram aplicadas para provar nada (embora possam ter sido citadas). A exemplo, não há uma lei física que diga: uma mulher não consegue transportar um corpo sem deixar hematomas do transporte.
Isso pode ser consenso atualmente, mas certamente não é lei física.