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Rosa Grilo condenada a pena máxima pela morte do marido. Amante absolvido

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António Pedro Santos / Lusa

O Tribunal de Loures, em Lisboa, deu esta terça-feira como provado que foi Rosa Grilo quem matou o seu marido, o triatleta Luís Grilo, condenando-a à pena máxima de prisão efetiva prevista na lei (25 anos).

A arguida foi também condenada à pena máxima por profanação de cadáver e detenção de arma proibida. De acordo com o Correio da Manhã, Rosa Grilo foi ainda condenada a pagar uma indemnização de 45 mil euros ao seu filho menor de idade e foi declarada “indigna” de receber a herança de Luís Grilo.

A sentença, lida esta terça-feira, absolveu António Joaquim, com quem Rosa Grilo mantinha uma relação extraconjugal, dos crimes de homicídio e profanação de cadáver, os dois crimes mais graves em julgamento. O homem foi condenando a dois anos de prisão com pena suspensa por posse da arma proibida, segundo avança a TVI 24.

O Ministério Público disse esta terça-feira à agência Lusa que vai recorrer da absolvição de António Joaquim da acusação do crime de homicídio de Luís Grilo, processo em que foi condenado apenas por detenção de arma proibida.

“O Ministério Público vai interpor recurso”, adiantou o MP.

A leitura do acórdão arrancou esta terça-feira com meia hora de atraso, por volta das 16h15, depois desta ter sido adiada a 10 de janeiro devido a uma “alteração não substancial” dos factos da acusação do Ministério Público.

Em novembro passado, o Ministério Público pediu penas acima dos vinte anos de prisão para Rosa Grilo e António Joaquim.

O crime, que remonta a 2018, terá sido cometido para poderem assumir a relação amorosa e beneficiarem dos bens da vítima – 500.000 euros em indemnizações de vários seguros e outros montantes depositados em contas bancárias tituladas por Luís Grilo, além da habitação. Ambos estão a ser acusados pelos procuradores dos crimes de homicídio qualificado agravado, profanação de cadáver e detenção de arma proibida.

O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.

ZAP //

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