A empresa Mozilla bloqueou por pré-definição o software Adobe Flash em todas as versões do Firefox, uma medida preventiva que visa proteger os utilizadores do browser depois de um ataque de hackers.
Esta medida significa que os utilizadores do Firefox vão deparar-se com mensagens de aviso para o facto de poderem estar perante uma ligação insegura e de alguém poder estar a fazer-se passar pelo sítio que pretendem aceder.
Alguns utilizadores poderão mesmo ter que reinstalar o software, mas a Mozilla recomenda que ajustem o Flash de modo a que este possa correr apenas com a prévia autorização e não em todas as circunstâncias. O melhor, de acordo com a empresa que desenvolveu o Firefox, é que seja usado apenas em sites em que se confie plenamente.
Esta medida de precaução surge depois do ataque de hackers à empresa de segurança na Internet Hacking Team. Estes piratas informáticos apropriaram-se de uma cache de documentos que continha vários bugs do Flash detalhados.
Assim, ficaram habilitados a usar as suas vulnerabilidades para instalar software malicioso nos computadores com o intuito de roubar dados.
O bloqueio da Mozilla ao software que é utilizado por muitos sites, nomeadamente para exibir recursos multimédia e interactivos, vai durar até que “a Adobe lance uma versão actualizada que responda às questões críticas de segurança”, conforme anunciou a empresa.
A Adobe já garantiu que está a trabalhar na resolução dos bugs, salientando que leva a segurança “muito a sério” e que está a fazer “esforços extensivos” para fortalecer o Flash contra futuros ataques.
No entanto, o chefe de segurança do Facebook, Alex Stamos, solicita à Adobe para acabar de vez com o Flash.
“É tempo de a Adobe anunciar a data do fim de vida do Flash e de pedir aos browsers para definirem killbits no mesmo dia”, escreveu Alex Stamos no seu perfil do Twitter.
ZAP