Esta quinta-feira, o grupo municipal Rui Moreira “Porto, o Nosso Partido” pediu à CDU para esclarecer os 26 pedidos de substituição de deputados na sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, realizada esta quarta-feira.
Os deputados do Movimento Rui Moreira “Porto, o Nosso Partido” querem que os eleitos da bancada da CDU expliquem o motivo do “recorde e anedótico” pedido de substituição de 26 candidatos da sua lista de deputados, feito durante a sessão extraordinária da Assembleia Municipal do Porto, realizada esta quarta-feira.
“A CDU é uma coligação que integra o PCP, partido institucionalista com tradição parlamentar e autárquica que merece todo o respeito dos eleitos do nosso movimento. Mas não explicou, até ao momento, os motivos inadiáveis que estiveram na origem das faltas e dos pedidos sistemáticos de substituição de 26 candidatos a deputados”, adiantou a associação cívica Porto, em comunicado enviado à Lusa
Os independentes admitem que o pedido de substituição pontual dos eleitos pelos elementos seguintes da lista está legalmente prevista, “quando excecionalmente e por motivo inadiável não puderem comparecer nas sessões”.
No entanto, referem que não há memória de, numa mesma sessão, 26 candidatos terem pedido escusa, “indo ao ponto de chamar o 30º da lista (suplente)”.
De acordo com o Expresso, os eleitos do movimento consideram invulgar que a CDU – que elegeu apenas três deputados – tenha substituído os ausentes pelo 30º da lista, Bruno Valentim, candidato que o líder do Grupo Municipal da CDU, Rui Sá, “informou que iria estar presente” mesmo antes de os demais terem pedido a sua substituição”.
Em resposta, o líder do grupo municipal da CDU, Rui Sá, disse à Lusa que o partido cumpriu a lei, tendo-se sentido “muito bem representado” pelo seu 30º candidato, um atleta medalhado paralímpico, numa sessão dedicada aos problemas dos cidadãos com deficiência.
“É de lamentar que o movimento de Rui Moreira, que não apresentou nenhuma proposta sobre tão importante assunto, seja tão palavroso sobre um assunto que, na própria assembleia municipal, a CDU pretendeu esclarecer tendo sido impedida de o fazer pelo presidente da mesma e líder do movimento de Rui Moreira”, concluiu.
Na reunião extraordinária da Assembleia Municipal desta quarta-feira, solicitada pelo PS, foram aprovadas, por maioria, as recomendações de PS, CDU e BE para que reconsidere a extinção da Provedoria Municipal do Cidadão com Deficiência e faça o levantamento das acessibilidades às habitações e transportes públicos.
Criada em 2002, esta provedoria foi extinta em dezembro de 2017, o que suscitou críticas por parte da oposição.
ZAP // Lusa