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Mota Pinto: Pedras no caminho podem fazer com que a legislatura não chegue ao fim

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rtppt / Flickr

Paulo Mota Pinto

O jurista, professor e político Paulo Mota Pinto considera que esta legislatura pode mesmo não chegar ao fim. Ao mesmo tempo, garante que o PSD mantém disponibilidade para negociar com os socialistas.

Em entrevista ao Expresso, Paulo Mota Pinto não usou eufemismos para afirmar que tem dúvidas de que a atual legislatura dura quatro anos.

“É um Governo minoritário e haverá várias curvas no caminho, com eleições autárquicas e presidenciais, por exemplo. Não seria trágico se durasse, mas há maiores probabilidades que a legislatura não chegue ao fim, até pelo contexto económico internacional”, afirmou o jurista, professor e político.

Sobre as negociações com os socialistas, Mota Pinto assegura que quem foge é o PS. Da parte do PSD há abertura e disponibilidade para negociar. “O PSD não quer formar uma coligação de governo nem um entendimento governativo com o PS, isso é claríssimo” admite.

No entanto, “há questões estruturais em relação às quais os dois grandes partidos devem entender-se e o PSD tem um papel importante em propor esses entendimentos. Há muito mais em comum entre PS e PSD do que entre PS e BE. Só que o PS tem fugido”.

Questionado sobre se faz sentido continuar a bater à porta, face à indisponibilidade dos socialistas para negociar, Mota Pinto é tenaz: “Claro que faz.” “A credibilidade não se conquista e não é reconhecida gritando muito no Parlamento ou fazendo bons debates. É por uma prática consistente, o tempo, a capacidade de ser digno de confiança.”

Ainda que adiante que o PSD não tem uma posição concreta sobre o Orçamento do Estado para 2020, Mota Pinto declarou, em declarações ao semanário, que os sociais-democratas não votarão favoravelmente. “O que seria normal era o PS viabilizar o OE com os seus sócios de investidura de Governo.”

ZAP //

3 Comments

  1. O destino escreve direito por linhas tortas, todos nós as temos e nos acompanham desde o nascimento até á morte e António Costa não foge à regra nem ao destino.
    Tenho por hábito estudar as mãos de politicos enquanto estes gesticulam nos seus discursos. Com o nosso primeiro ministro fiz essa observação nesta úlltima campa para as eleições. Tal como escrevi aqui anteriormente previ a ascenção e queda antes do fim deste mandato. Pessoalmente não tenho ideologia politica, voto na pessoa e nunca no partido, eu gosto do Costa talvez pela sua humildade e simplicidade, quer como pessoa quer como governante, mas ao destino ninguém foge e vão surgir situações e tomadas de decisão que vão fugir ao seu controlo confirmando o que está escrito nas suas mãos. Fim do sucesso politico antes dos seus 62 anos de idade.

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