O melhor debate em 2024 e o pior em 2025 tiveram a mesma protagonista: Mariana Mortágua

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José Sena Goulão / LUSA

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua

A diferença está no adversário? Entre o encontro rico com Luís Montenegro e os legos exibidos a André Ventura.

Ainda não se realizaram os debates televisivos todos (só faltam quatro), rumo às eleições legislativas de Maio, mas o debate entre André Ventura e Mariana Mortágua será o pior de todos, na lista de muitos analistas ou telespectadores. E é pouco provável que haja algum pior.

No encontro realizado nesta segunda-feira, houve uma verdadeira “bandalheira” temática, Ventura a querer puxar pelos assuntos de sempre mesmo quando lhe perguntavam por outro tema, Mortágua a repetir que o adversário estava a falar para o TikTok durante o debate.

Ataques mútuos, interrupções constantes, ironias dos dois lados, menos propostas para o futuro de Portugal – num debate marcado pela explicação com legos, quando a coordenadora do BE mostrou ao presidente do Chega (e a todos) que a grande maioria das importações portuguesas vem da União Europeia, não de países asiáticos.

Mas, no geral, foi um debate “poucochinho”, como se ouviu na rádio Observador, onde também não se fugiu ao foco: terá sido o pior debate de todos, até agora.

André Ventura não conseguiu – nem quis – fugir à sua postura habitual e aos seus assuntos preferidos, Mariana Mortágua não fugiu à proximidade com os “ocupas” quando o assunto foi habitação.

Foi um “frente a frente de acusações, contraditórios e atropelos”, com muito (demasiado?) tempo preenchido com “insultos” e “ataques com casos internos”, escreve o Público.

Num debate “picado”, houve um ponto central: muitas perguntas ficaram sem resposta; foi uma “discussão que não agradou”, analisa o Expresso.

“Quer um, quer outro, seriam capazes de muito melhor do que isto”, resume Ricardo Costa na SIC Notícias.

No ano passado…

…a mesma Mariana Mortágua esteve num dos melhores debates, ou mesmo no debate mais rico em conteúdo, antes das legislativas de Março de 2024.

O adversário era outro: Luís Montenegro, então apenas candidato a primeiro-ministro.

Foi um debate rico em conteúdo, um confronto equilibrado. Um verdadeiro debate: poucos gritos, menos interrupções, mais propostas – sobre saúde, habitação, economia.

No capítulo da saúde, ficou famosa a frase de Mortágua, quando disse a Montenegro: “Não faz a mínima ideia de como se resolve o problema da saúde”.

Ainda em 2024, o pior debate terá sido o que juntou André Ventura (de novo) e Rui Tavares, do Livre.

Em 2025 faltam os encontros entre Paulo Raimundo e Inês de Sousa Real, Luís Montenegro e André Ventura, Rui Rocha e Mariana Mortágua, e a fechar estarão na mesma mesa Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

3 Comments

  1. Este debates não passam de lengalengas. Não são para nada, excepto para as televisões terem espaços televisivos e analistas de notas patéticas ou ridículas, cada qual a mostrar, descaradamente, a que partido ou área política pertencem.

  2. Só sei que os “ocupas” são bandidos (pois devia ser crime, estão a invadir algo que não é seu)
    Olha se a moda pega, eu ter gente a viver comigo e ainda ter de pagar por eles as despesas numa casa que é minha.

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