/

Morreu o último rinoceronte-de-sumatra macho da Malásia

O único rinoceronte-de-sumatra macho da Malásia morreu, restando agora apenas uma fêmea no país.

O rinoceronte-de-sumatra, a mais pequena espécie de rinocerontes no mundo, foi declarado extinto na natureza, em 2015, na Malásia. Tam, que era o último rinoceronte-de-sumatra macho da Malásia, foi capturado em 2008 e viveu desde então numa reserva natural, na ilha de Bornéu, até morrer, revelou Augustine Tuuga, diretor do departamento de vida selvagem de Sabah.

A morte não foi uma surpresa para o veterinários e os seus cuidadores, contudo, a causa não foi divulgada. Reportagens anteriores sugeriram que o animal sofria de problemas nos rins e no fígado, de acordo com meios locais.​​​​​​​

A ministra do Turismo, Cultura e Meio Ambiente, Datuk Christina Liew, disse que foi informada sobre as tristes notícias pelo diretor do Departamento de Vida Selvagem de Sabah, Augustine Tuuga. “Lamentavelmente, Tam morreu a meio do dia, por volta do meio-dia de segunda-feira (27 de maio). Invariavelmente, tudo o que poderia ter sido feito, foi feito e executado com grande amor e dedicação”.

“As suas últimas semanas envolveram os cuidados paliativos mais intensos humanamente possíveis, prestados pela equipa da Borneo Rhino Alliance (BORA) sob o veterinário Dr. Zainal Zahari Zainuddin, no Santuário de Rinocerontes de Bornéu em Tabin Wildlife Reserve, Lahad Datu”, disse em comunicado.

Especialistas de vida selvagem estimam que existem apenas entre 30 a 80 rinocerontes-de-sumatra em todo o mundo, sobretudo na Indonésia, nas ilhas de Sumatra e Bornéu.

A morte de Tam colocou pressão nos esforços dos conservacionistas que tentavam gerar crias de Iman, através da fertilização in vitro. Iman, a sua única companheira, foi capturada em 2014 e é atualmente a única sobrevivente da subespécie no país.  Augustine Tuuga refere ainda que houve problemas com o útero da fêmea e que é incapaz de ficar grávida. No entanto, consegue produzir óvulos.

“Apenas temos que cuidar do último rinoceronte. É tudo o que podemos fazer, e tentar – se possível – trabalhar com a Indonésia”, disse Augustine Tuuga.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.