Morreu esta sexta-feira santa, no Maputo, a moçambicana Raquelina Langa, que se tornou conhecida por defender os direitos dos jovens e por ter perguntado ao secretário-geral das Nações Unidas como poderia fazer para chegar ao seu cargo.
A jovem moçambicana, de 20 anos, fez história por ter recebido em 2013 um convite especial do secretário geral da ONU, Ban Ki-moon para visitar a sede das Nações Unidas, depois de lhe perguntar o que era preciso fazer para uma mulher chegar ao seu posto.
A pergunta de Raquelina Langa inspirou Ban Ki-moon a apelar às mulheres que sonhem em grande, conta o secretário-geral da ONU.
O professor Ernesto Ngomane, que acompanhou Raquelina na sua visita às Nações Unidas, em 2014, confirmou à Rádio ONU a morte da jovem, vítima de doença prolongada.
Raquelina “tinha vindo a sofrer de crises que a impediram de iniciar as aulas em fevereiro”, diz Ngomane.
“Ela acabou por ter que ser hospitalizada, e receber soro, porque já estava muito fraca e com problemas de falta de sangue”, conta o professor.
“A família deixou-a no hospital na quinta-feira à noite, quando voltou na sexta-feira para a ver, recebeu a notícia do falecimento”, acrescenta.
A coragem de sonhar
Na sua visita à sede da ONU em Nova Iorque, em 2014, para celebrar o 12 de agosto, Dia Internacional da Juventude, Raquelina Langa revelou que estava determinada a esforçar-se para, como mulher, um dia liderar a organização.
“Se eu lutar, creio que sim, não fica só num sonho mas sim uma realidade”, afirmou a jovem.
Ban Ki-moon conheceu Raquelina durante uma visita à sua escola, em 2013, onde a jovem moçambicana, então com 17 anos, era activista defensora dos direitos dos jovens.
“O que é preciso fazer para uma mulher chegar ao seu cargo?”, perguntou Rquelina.
No seu reencontro com Raquelina, em Nova Iorque, o secretário-geral da ONU contou-lhe porque a então adolescente tinha chamado a sua atenção.
Segundo Ban Ki-moon, a pergunta de Raquelina fê-lo pensar que, “após 70 anos de ONU, talvez fosse altura de uma mulher liderar a organização”.
O sonho de Raquelina de vir a ser uma secretária-geral terminou esta sexta-feira, mas vive em milhões de meninas do seu país, que a jovem tentou alcançar com as suas mensagens.
ZAP / R-ONU
A morte da Raquelina, mecheo com todas meninas mocambicas e pais foram.
O aborto ilegal e’ um a sunto que nao podemos a ceitarmos nas nossas comunidades poque leva em risco as duas pessoas.