Morreu George A. Romero, o pai de todos os zombies

Faleceu este domingo George A. Romero, aos 77 anos, vítima de cancro. Segundo fonte da família, as últimas horas do cineasta foram passadas ao som da banda sonora de “O Homem Tranquilo” (1952, John Ford), um dos seus filmes favoritos.

“Faleceu pacificamente no seu sono, em sequência de uma breve mas agressiva batalha contra um cancro do pulmão, e deixa para trás uma família amada, muitos amigos e um legado de cinema que persistiu e que continuará a resistir ao teste do tempo”, afirmou o agente de George A. Romero, Chris Roe, em comunicado.

O realizador tinha a seu lado a esposa, Suzane Desrocher Romero, e filha, Tina Romero, disse a família ao LA Times.

Considerado por muitos como o “pai dos zombies” no grande ecrã, Romero foi um dos nomes fundamentais do cinema de terror na segunda metade do século XX. Nascido em Nova Iorque, descendente de imigrantes cubanos e lituanos, Romero começou a sua carreira cinematográfica como realizador de curtas-metragens e filmes publicitários.

Após fundar a sua própria produtora, assinou, em 1968, “A Noite dos Mortos-Vivos“, obra que se tornou um filme de culto e mudou para sempre a forma de encarar o género do terror.

Desde a sua estreia, o filme tem sido aplaudido tanto pelos seus méritos técnicos, como pela vincada extrapolação dos medos – a Guerra do Vietname, as perseguições de cidadãos americanos ligados ao Partido Comunista, a segregação racial – que dominavam a sociedade norte-americana daquela era.

Nas décadas seguintes, George A. Romero explorou estas temáticas, e sempre com a aterradora figura do zombie no primeiro plano, em títulos como “Zombie: A Maldição dos Mortos-Vivos” (1978) ou “O Dia dos Mortos” (1985).

Apesar de nunca ter sido nomeado para um Oscar nem arrecadado nenhum prémio em festivais de Cinema, a influência de George A. Romero é enorme e inegável.

Será demais pedir ao pai dos mortos-vivos que descanse em paz?

ZAP // Filmspot

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