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Morreu a criança que ficou paralisada após comer hambúrguer do Lidl contaminado

Mikey / Flickr

Em 2011, Nolan Moittie comeu o hambúrguer contaminado com a bactéria E.Coli comprado no Lidl. Depois de ter ficado com graves sequelas neurológicas e diabético, o rapaz acabou por falecer este sábado, com apenas 10 anos.

Em 2011, Nolan Moittie comeu um hambúrguer de carne de vaca contaminado com a bactéria E.Coli comprado no Lidl, em Hauts-de-France, no norte de França. A criança ficou com graves sequelas neurológicas, tendo ficado paralisado, sem conseguir falar e diabético.

Oito anos depois, o coração de Nolan parou de bater. O rapaz faleceu este sábado devido aos “efeitos da intoxicação“, disse à AFP a advogada da família, Florence Rault. “Foi uma longa provação porque ele não parou de sofrer por um momento: os seus membros deformaram-se, os ossos estavam fracos, passou por inúmeras cirurgias, já não conseguia comer, engolir, falar ou mover-se, porque deixou de ter coordenação.”

Nolan foi internado  nos cuidados intensivos no fim de semana depois de sofrer uma paragem cardíaca, avança o Le Parisien. O rapaz era “alimentado por cateter”, tinha de ser medicado várias vezes ao dia, foi submetido a várias cirurgias e passou parte da sua vida hospitalizado. “O seu corpo finalmente desistiu” como “consequência de todas estas patologias que pioraram e deterioraram” o seu estado de saúde, disse a representante da família.

Entre as crianças infetadas pelo consumo do hambúrguer contaminado, Nolan foi o mais afetado. Segundo o Diário de Notícias, a criança desenvolveu sequelas neurológicas, ficou com paralisia motora e doença mental. As outras crianças desenvolveram síndrome hemolítica-urémica (SHU), caracterizada por insuficiência renal progressiva.

Os hambúrgueres contaminados eram fabricados pela SEB, a empresa com a qual a cadeia de supermercados quebrou o contrato, ainda em 2011. Em fevereiro, um antigo gerente da SEB, Guy Lamorlette, foi condenado, em sede de recurso, a três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 50 mil euros. O advogado admitiu a possibilidade de recorrer.

A advogada da família espera agora que a defesa de Lamorlette aceite a sentença. Florence Rault disse que “os pais de Nolan esperam que um dia venham a merecer decência e compaixão” e que Lamorlett “assuma, finalmente, as suas responsabilidades“.

No Twitter, a cadeia de supermercados já reagiu à morte da criança, dizendo que vai apoiar a família.

ZAP //

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