O escritor, jornalista e poeta António Mega Ferreira morreu, esta segunda-feira, aos 73 anos de idade. A informação foi confirmada por fonte próxima do escritor, à TSF.
Mega Ferreira foi responsável pela Expo98 e pelo Centro Cultural de Belém. Natural de Lisboa, foi redator do Comércio do Funchal, Jornal Novo, Expresso e O Jornal. Foi ainda chefe de redação do Jornal de Letras e da RTP2.
Além disso, foi colunista do Expresso, Diário Económico, Diário de Notícias, O Independente, Público e das revistas Visão e Egoísta. Foi ainda diretor editorial do Círculo de Leitores, entre 1986 e 1988, tendo criado a revista LER.
Entretanto, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já reagiu à morte de António Mega Ferreira, que o considera “um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura”.
“Todos conhecem o seu papel na Expo 98, que não foi só um evento temporalmente situado, mas um momento transformador de Lisboa, a cidade sobre a qual Mega Ferreira apaixonadamente escreveu. O trabalho de António Mega Ferreira enquanto gestor (na Expo, depois no CCB, mais tarde na Metropolitana) deixaram um pouco na sombra o escritor, ainda que, nas últimas duas décadas, se notasse um renovado empenho nas obras de criação, fossem poemas, romances biográficos, livros de crónicas ou de viagens, monografias, ensaios cultos, até ao seu último livro, um dicionário de palavras que deixámos de usar, mas que mantêm o travo da história vivida e da História coletiva”, lê-se na nota publicada no site da Presidência.
António Mega Ferreira não foi O «senhor Expo 98» mas sim um dos (dois) «senhores Expo 98»: o outro foi Vasco Graça Moura. Creio que se impõe, se justifica, uma correcção ao texto.
Corroboro o que disse Octávio dos Santos.
Este grave erro de excluir Vasco Graça Moura da “Expo 98” não trará água no bico?
Vasco Graça Moura já mereceu considerações e homenagens, mas, hoje em dia, é uma carta fora do baralho cultural português, por não ser um seguidista, como tantos outros, daí esta tendência para o excluir da memória portuguesa.
Tal como Octávio dos Santos, também considero que se justifica uma correcção a este texto.