O empresário português morreu esta quinta-feira, aos 82 anos, confirmou fonte oficial do Grupo Amorim à agência Lusa.
Segundo o Jornal de Notícias, Américo Amorim, dono do maior império da cortiça em Portugal, morreu na sequência de complicações de saúde que o afetavam há algum tempo.
O chairman da Corticeira Amorim era, segundo a Forbes, o homem mais rico do país, com uma fortuna avaliada em quatro mil milhões de euros.
O empresário português, que faria 83 anos no próximo dia 21, ficou conhecido como o “rei da cortiça”. Afirmou que não se considerava “rico”, mas “trabalhador”, numa referência ao percurso que o levou desde a pequena empresa fundada pelo avô em 1870 a líder mundial no setor da cortiça.
Deixa três filhas e um património baseado na cortiça, que se estende à banca, bolsa, casinos, luxo, unidades turísticas e empresas petrolíferas.
Nascido em Mozelos, Santa Maria da Feira, em 21 de julho de 1934, Américo Ferreira de Amorim terminou o Curso Geral do Comércio e ingressou na empresa de cortiça da família, tendo participado com os seus irmãos na fundação da Corticeira Amorim, da Ipocork e da Champcork, empresas do setor dos derivados da cortiça.
Posteriormente, tornou-se responsável executivo da ‘holding’ Corticeira Amorim, que controla as empresas corticeiras, e, através de outra ‘holding’ – a Amorim Investimentos e Participações – estendeu os seus investimentos aos setores da energia, do turismo e da banca, tornando-se num dos principais acionistas do Banco BIC Português e concentrando em nome individual participações sociais de relevo na Galp Energia (detém a maioria do capital da Amorim Energia, que, por sua vez, controla 38,34% da Galp Energia, SGPS) e no Banco Popular Español (que entretanto vendeu).
Atualmente, o Grupo Amorim detém posições em dezenas de empresas nos cinco continentes e em diversas áreas económicas, desde a cortiça (através da Corticeira Amorim) ao têxtil (através da centenária Gierlings Velpor, especializada em veludos e têxteis técnicos), à vitivinicultura e ao enoturismo.
Na área da cortiça, o Grupo Amorim é o líder mundial através de 78 empresas, das quais 28 são unidades industriais de transformação, estando os seus produtos presentes em mais de cem países. A família Amorim gere áreas de floresta e montado de sobro superiores a 12 mil hectares.
Já no setor imobiliário a presença do grupo remonta aos anos 50, sendo atualmente detentor de ativos imobiliários em Portugal e Brasil, sobretudo concentrados no segmento imobiliário e turístico.
Américo Amorim detém ainda uma experiência de 30 anos no lançamento de operações no setor financeiro, num percurso que começou em 1981 como acionista fundador da Sociedade Portuguesa de Investimentos (SPI) – a primeira sociedade financeira privada em Portugal após a revolução de 1974 e que esteve na base da criação de diversas instituições financeiras em Portugal, Angola e Moçambique – e que se prolonga até hoje com participações relevantes em instituições bancárias na Península Ibérica e em África.
Em Moçambique, o Grupo Américo Amorim (GAA) lançou em agosto de 2011 um banco universal de retalho designado Banco Único e, em 2012, tornou-se acionista do Banco Luso Brasileiro, que opera no Brasil há mais de duas décadas.
O setor de bens de luxo é considerado “uma área de negócio de forte potencial futuro” onde o grupo apostou através da marca Tom Ford, criada em 2005 pelos antigos diretor criativo e o presidente executivo da Gucci (respetivamente Tom Ford e Domenico de Sole) e a cujo projeto Américo Amorim se associou adquirindo uma participação de 25% em finais de 2007.
É precisamente na área da moda que se especializou a filha mais velha de Américo Amorim, Paula, que é vice-presidente do GAA e dona das lojas de moda Fashion Clinic e Gucci, que em outubro de 2016 substituiu o pai na presidência do Conselho de Administração da Galp Energia.
A filha Marta tem também cargos no GAA e desempenha funções noutras empresas detidas pela família, enquanto Luísa, apesar de já ter passado “por todas as áreas da corticeira” – atualmente liderada pelo primo, António Rios Amorim – ficou à frente do negócio de vinhos do grupo na Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo e na Quinta de S. Cibrão, em Sabrosa, no Douro, num total de 250 hectares.
Cônsul-geral honorário da Hungria em Portugal, a 24 de novembro de 1983 Américo Amorim foi feito Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial, a 16 de janeiro de 1997 foi feito 121.º Sócio Honorário do Ginásio Clube Figueirense e a 30 de janeiro de 2006 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.
paz a sua alma…..
espero que nao tenha deixado a sua fortuna aos seus” filhos adotivos”…senao ainda vamos ter a quinta da atalaia coberta…. ou a foice e o martelo bordada a ouro…. na bandeira a meia haste
E…? E se fôr? Vai prejudicá-lo em algo? Deixe-se das alergias comunistas… Isso é coisa do século 19… Sabe que estamos do século 21, não sabe?
RIP
E porque será que foi o homem mais rico de Portugal? Fácil, explorou e pagou o ordenado mínimo aos seus funcionários enquanto ia enriquecendo cada vez mais… Empresários, que não sabem ser humildes e partilhar a sua riqueza com quem ajuda a construí-la, não fazem falta neste mundo…
Viva Mike.
Sabes que estás a mentir? Qualquer pessoa que trabalho no grupo Amorim sabe claramente que ganha muito acima do ordenado mínimo. Eu, um simples empregado fabril, recebo quase o dobro do salário mínimo.
Quem dera que houvessem mais “Américos” em Portugal para dar emprego a mais pessoas.
Pessoas que só sabem dizer estupideces (tal como a que disse) é que não são precisas neste mundo.
Um abraço e fique bem.
Então deve ser um privilegiado, porque não é isso que se passa na maioria dos trabalhadores:
http://www.cgtp.pt/accao-e-luta-geral/10394-precariedade-na-corticeira-amorim
http://aveiro.pcp.pt/posicoes-politicas/dorav/1701-no-grupo-amorim-precariedade-instrumento-de-maior-exploracao-e-pobreza
1º Para já…não sou nenhum privilegiado. Sou mais um no monte.
2º Sim, os empregados da Synergie raramente passam aos quadros. O que de facto é desagradável para quem faz 3 anos (ou mais) dentro da empresa.Mas são bem pagos. Você disse que recebiam o salário mínimo, o que é FALSO. E mais uma coisa, não são empregados do grupo, mas de empresas externas.
3º O pasquim do PCP nem merecia a minha leitura, não posso acreditar numas criaturas que apoiam a DITADURA na VENEZUELA. São criaturas que não merecem que se lhes dê ouvidos. Contudo, decidi perder o meu tempo. Depois de uma leitura atenta que diz lá? Que ARO Lourosa usa subcontratados…uau…que horror! Querias em momentos sazonais metem-se toda agente nos quadros para depois andar a varrer o resto do ano? O resto do artículo são adjectivos para assustar o pessoal. Mais nada! Já agora, até conheço o gajo da fotografia…é o Silva mecânico (que já foi para a reforma).
Eu, que vivo dentro do grupo (como em qualquer organização existem problemas) sei bem os podres que lá existem, e tu.De onde és? Quem conheces dentro do grupo?
São empregados como vomecê, josé pereira, lambe botas e submissos que o anafado amorim engordou mas como diz o brasileiro :caixão não tem gaveta!
País pobre como o nosso com multimilionários não vê que não joga? A fortuna fez-se sem honra, que o digam os velhos alentejanos que conheceram a peça. Espero que não volte mais a haver amorins e afins, será a prova de um país mais equitativo e de maior justiça. O seu patrão empanturrou-se com sangue suor e lágrimas! Que a terra lhe seja leve!
Que leve o dinheiro para a cova.
Vai ser mais um caso Champalimaud, agora faz se uma fundação milionária com o seu nome para lavar a imagem dos negócios entrelaçados e oportunistas da família.
Chorem por ele quem quem quer morder parte da sua herança
É caso para dizer …”Que vale ao homem ganhar o Mundo inteiro se perder a sua Alma ?”
Fica cá tudo . Vamos investir no que vale eternamente !! E não custa dinheiro …cuidado, atenção ,amor …
Então invista apenas nisso e não trate da barriguinha para não perder a Alma! Isto parece que de trabalhar para muitos é um inferno que não deveria existir!.