A agência Moody’s subiu esta sexta-feira o ‘rating’ da Irlanda de Ba1 para Baa3, que é um nível de investimento, e passou as perspetivas para terreno positivo, depois de o país ter finalizado o programa de resgate “dentro do previsto”.
Em comunicado hoje emitido, a agência explica que “o crescimento potencial da economia irlandesa, que, em conjunto com a consolidação orçamental em curso, deverá fazer baixar os rácios de dívida”.
Também o facto de o Governo da Irlanda ter saído do programa com a ‘troika’ (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu) “dentro do previsto, com solvência melhorada e um acesso ao mercado restaurado” sustenta a decisão hoje tomada pela agência de notação financeira.
“O primeiro motor para a melhoria [do ‘rating’] é a aceleração recente do crescimento económico, o que indica uma maior probabilidade de garantir um crescimento de longo prazo sustentado, necessário para conseguir a recuperação das finanças públicas da Irlanda”, lê-se na nota, que refere também o ritmo mais acelerado da criação de emprego.
A Moody’s espera uma expansão mais forte das exportações nos próximos anos e realça a melhoria da competitividade do país desde a recessão de 2009, bem como os “sinais de uma recuperação da procura doméstica, numa altura em que a taxa de poupança das famílias desceu de níveis máximos históricos”.
Em segundo lugar, a organização destaca a saída do programa de resgate de três anos em meados de dezembro: “A capacidade [do Governo] de fazer isso sem uma linha de crédito preventiva reflete que a agenda de reforma do Governo se manteve amplamente em curso durante o programa, apesar das condições económicas internas e externas mais fracas do que o esperado”, lê-se no comunicado.
Quanto às perspetivas (‘outlook’) positivas atribuídas ao ‘rating’ irlandês, a Moody’s argumenta que refletem a expectativa da agência de que haja uma “recuperação sustentada” e que “a estabilidade no mercado de dívida da zona euro seja também sustentada”.
A Irlanda foi o primeiro país da zona euro a sair do programa de resgate com a ‘troika’, a 15 de dezembro de 2013, tendo optado por não recorrer a um programa cautelar.
/Lusa