O Montepio reduziu em cerca de 350 o número de trabalhadores no primeiro semestre e fechou 100 balcões, disse o presidente do banco, referindo que para já o processo de redimensionamento da estrutura está concluído.
“Esse processo foi concluído em abril/maio com estabilidade, com sucesso, sem grandes oscilações e está fechado“, afirmou à Lusa Félix Morgado.
No final de 2015, o banco tinha 3.871 trabalhadores, menos 36 que no final de 2014. Já a rede doméstica do banco contava com 421 balcões, menos 15 que no ano anterior.
Sobre o corte dos subsídios de isenção de horários decidido pela administração do banco – e que segundo um comunicado do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários atinge cerca de 500 trabalhadores, que poderão ter redução do vencimento total entre 20% a 40% -, Félix Morgado não quis dar indicações da poupança que representará para a instituição.
O gestor referiu que o que foi feito foi uma análise de cada situação e avaliado se aquele trabalhador deveria receber aquele subsídio.
“Obviamente que mais bem organizados e com melhores processos, obviamente que por essa via também conseguiremos ter mais pessoas, por isso disse que o programa de redimensionamento estava fechado, e reteremos alguns postos de trabalho”, afirmou.
O responsável do Montepio considerou também que, com menos horas de trabalho, os trabalhadores também ficam com mais tempo para “a vida pessoal”.
O banco Montepio tem como único acionista a Associação Mutualista Montepio Geral, empresa de topo do Grupo Montepio.
Em 2015, a Caixa Económica Montepio Geral teve prejuízos de 243,4 milhões de euros, acima dos cerca de 187 milhões de euros de perdas em 2014.
Para já ainda não são conhecidos os resultados do primeiro semestre.
/Lusa